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Entenda quando fluxo menstrual intenso deve ser motivo de preocupação

Apesar de comum, a menstruação intensa não é normal e pode indicar a existência de doenças mais sérias

atualizado

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Emilija Manevska/Getty Images
Absorventes internos
1 de 1 Absorventes internos - Foto: Emilija Manevska/Getty Images

O fluxo menstrual, quando muito intenso, é capaz de interferir na qualidade de vida das pessoas que menstruam. O problema, apesar de ser uma queixa comum nos consultórios de ginecologia, não é normal e pode ser sinal de doenças mais sérias.

Atualmente, a expressão Sangramento Uterino Anormal (SUA) é usada para denominar alterações no volume de sangue, na duração ou frequência do ciclo menstrual.

A ginecologista Mariana Roller, especialista em Endoscopia Ginecológica e Reprodução Humana, explica que não há uma maneira objetiva de medir o sangramento. Porém, algumas características podem indicar quando há problemas.

O fluxo considerado moderado dura entre quatro a seis dias e é possível ficar, pelo menos, quatro horas com absorvente externo e até seis, com o coletor menstrual. Ao longo do período, a quantidade de sangue também tende a diminuir.

Já quando o fluxo é intenso, o sangramento permanece alto e a duração costuma ser maior do que seis dias. A troca de absorventes ocorre com mais frequência e, às vezes, chega a ser necessário o uso de dois métodos de contenção ao mesmo tempo. Além disso, é comum que coágulos de sangue sejam expelidos por quem sofre de SUA durante a menstruação.

Quando procurar um médico?

O fluxo menstrual intenso impacta na qualidade de vida e é capaz de afetar aspectos físicos, emocionais, sexuais e profissionais da pessoa. Mariana Roller, que também é diretora de comunicação da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília (SGOB), pontua que o sangramento excessivo deve ser motivo de preocupação quando passa a atrapalhar o desempenho de atividades rotineiras.

“O quadro leva a um maior número de faltas no trabalho e escola, anemia, limitação na prática de atividades físicas, necessidade de procedimentos cirúrgicos, maior dor pélvica e cólicas menstruais e constrangimentos devido ao excesso de fluxo.”

De acordo com a especialista, o problema pode indicar a existência de enfermidades como miomas, pólipos uterinos, adenomiose e outras doenças pré-malignas e malignas do endométrio.

No entanto, outras causas também estão associadas. Entre elas, há as variações hormonais, alterações na função da tireoide, disfunção de ovulação, como na síndrome dos ovários policísticos, o uso de algumas medicações e mudanças no sistema de coagulação do sangue.

Tratamento

O tratamento pode ser feito com medicamentos ou cirurgias, mas vai depender da causa e do quadro de cada paciente. “Nos casos de sangramento intenso e agudo, as mulheres podem necessitar de tratamento de urgência, com reposição de volume e medicações orais e venosas que ajudam a reduzir o sangramento”, esclarece a especialista.

“Nos casos em que não há urgência, o tratamento é contínuo e visa corrigir a disfunção menstrual, reduzindo o fluxo e melhorando a qualidade de vida da paciente”, completa.

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