Entenda por que você deve aposentar sua máscara caseira
Modelo de tecido deve ser trocado por opções profissionais, que propiciam maior filtragem do ar
atualizado
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Uma das medidas para evitar a transmissão da Covid-19 mais adotadas no Brasil é o uso de máscaras. Apesar de os modelos PFF2/N95 ou os cirúrgicos serem os mais indicados para o bloqueio do vírus, os itens de pano, feitos em casa, ainda são os mais populares no país.
José David Urbaez, presidente da Sociedade de Infectologia do DF, afirma que as máscaras de pano não devem ser usadas em ambientes fechados e mal ventilados (como no transporte público, por exemplo), uma vez que o vírus é transmitido por aerossóis e o tecido não é suficiente para filtrar as pequenas partículas.
“Elas foram muito importantes no início da pandemia, uma vez que não tínhamos barreira para as secreções respiratórias, e fizeram a diferença para diminuir a transmissão. Naquele momento, entretanto, as pessoas viviam oportunidades de isolamento maiores, o que não acontece hoje. Em locais fechados e mal ventilados, as máscaras de pano perdem quase que completamente o efeito protetor”, diz o infectologista.
Urbaez explica que o convívio com as variantes – tanto a Gamma quanto a Delta são mais transmissíveis – e o retorno às atividades normais exige uma proteção mais eficiente, que não é oferecida pelas máscaras de tecido. A melhor opção é apostar nas máscaras PFF2/N95, modelo com alta capacidade de filtragem e que pode ser reutilizado — estudos internacionais mostram que a máscara é capaz de evitar a transmissão em locais fechados e sem distanciamento.
Os itens cirúrgicos também são interessantes, apesar de menos eficientes do que as PFF2/N95. Para o presidente da Sociedade de Infectologia do DF, as máscaras de pano podem ser importantes em ambientes abertos, mas precisam ser aposentadas e trocadas por outros modelos no dia a dia.
Veja as principais orientações para a reutilização das máscaras N95/PFF2, segundo o perfil Qual a Máscara: