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Entenda por que navios são espaços com alta disseminação de Covid

De acordo com a Anvisa, desde o início de novembro, foram mais de 800 casos da doença confirmados em navios que operam no Brasil

atualizado

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Navio MSC Splendida teve surto de Covid-19 em cruzeiro de réveillon
1 de 1 Navio MSC Splendida teve surto de Covid-19 em cruzeiro de réveillon - Foto: Divulgação/Imagem ilustrativa

Desde o início da temporada de viagens, que teve início em novembro do ano passado, mais de 800 casos de Covid-19 foram confirmados em navios que operam no Brasil. Com isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou, na última sexta-feira (31/12), ao Ministério da Saúde, a suspensão imediata dos cruzeiros na costa nacional.

De acordo com a agência, a solicitação “teve como fundamento o aumento vertiginoso dos casos de Covid-19 a bordo das embarcações nos últimos dias, que indica uma mudança radical do cenário epidemiológico”.

Em relação ao número de casos, 502 foram registrados entre os tripulantes. “Por se tratar de viajantes com maior período de permanência nas embarcações, a ocorrência de infecção entre a tripulação agrega maior grau de risco à condição sanitária desses navios”, afirmou a Anvisa.

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De acordo com infectologistas, a gripe é causada por vários vírus diferentes, mas os principais são os subtipos H1N1 e H3N2 do influenza
Os principais sintomas da gripe são dor no corpo, fadiga, febre, secreção, coriza, espiros e tosse. Os casos são limitados e, em dois ou três dias, o paciente não apresenta mais indícios da doença
A indicação é que pessoas gripadas bebam bastante líquido e descansem
A Ômicron, variante da Covid, está associada a sintomas respiratórios mais leves, como os de um resfriado, por exemplo
Perda de apetite, espirros, suores noturnos, sensação de garganta arranhando, cansaço e elevação na frequência cardíaca de crianças infectadas são alguns dos sintomas da cepa
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Ômicron, Delta e gripe. Estamos enfrentando tempos em que doenças de transmissão respiratória têm causado medo e incertezas. Por isso, conhecer os principais sintomas de cada uma é necessário para assegurar sua saúde e a de quem você ama

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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De acordo com infectologistas, a gripe é causada por vários vírus diferentes, mas os principais são os subtipos H1N1 e H3N2 do influenza

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Os principais sintomas da gripe são dor no corpo, fadiga, febre, secreção, coriza, espiros e tosse. Os casos são limitados e, em dois ou três dias, o paciente não apresenta mais indícios da doença

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A indicação é que pessoas gripadas bebam bastante líquido e descansem

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A Ômicron, variante da Covid, está associada a sintomas respiratórios mais leves, como os de um resfriado, por exemplo

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Perda de apetite, espirros, suores noturnos, sensação de garganta arranhando, cansaço e elevação na frequência cardíaca de crianças infectadas são alguns dos sintomas da cepa

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No caso de pacientes contaminados com a variante Delta, o adoecimento é mais rápido do que as outras mutações, e há maior risco de hospitalização, sobretudo para os não imunizados

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Segundo informações do Instituto Butantan, os sintomas mais comuns da variante Delta são febre, tosse persistente, coriza, espirro, dor de cabeça e garganta. Perda de paladar e de olfato não são comuns para os infectados por essa cepa

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A principal diferença entre a Covid-19 e a gripe é que a última possui sintomas mais fortes nos dois primeiros dias. Já na Covid-19, em casos mais graves, acontece após o oitavo dia

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O uso da máscara é importante em caso de infecções respiratórias

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Espaços de fácil transmissão

Leonardo Weissmann, médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), esclarece que o motivo principal para o desenvolvimento de doenças em navios é por conta da lotação das embarcações em condição de confinamento, facilitando a disseminação do vírus de pessoa a pessoa através de gotículas.

Além disso, também existe uma tolerância a passageiros sem máscara. A Anvisa anunciou que casos de descumprimento de protocolos sanitários pelas embarcações que operam cruzeiros na costa brasileira serão apurados e, se constatadas irregularidades, os responsáveis serão penalizados nos termos da lei.

O médico Werciley Júnior, infectologista no Hospital Santa Lúcia, comenta que os navios de cruzeiro são espaços fechados e com muitas áreas sociais que favorecem o contágio de doenças de fácil transmissão.

“Muitas outras doenças virais também são transmitidas dentro de navios. Existem relatos de surtos de meningite, de sarampo e de cólera. Então, isso é algo até comum por causa dessa proximidade entre as pessoas”, diz Júnior.

Medidas de proteção

Segundo Júnior, o cenário ideal seria a realização de testes de Covid-19 e influenza no embarque do navio, impedindo que pessoas infectadas entrassem no espaço.

A infectologista Ana Helena Germoglio recomenda que qualquer pessoa que apresente sintomas das infecções virais não frequente ambientes como os de um navio. Para ela, a melhor medida para evitar a contaminação é suspender esse tipo de atividade. Junto a isso, ela considera a exigência do comprovante de vacinação fundamental para conter os casos.

“Neste momento, não há necessidade de se expor tanto assim e aos outros dentro de um ambiente onde as pessoas não vão utilizar máscara de forma correta. Elas acabam retirando a máscara nesses locais fechados, como restaurantes e bares, e acaba tendo uma transmissão muito alta mesmo”, indica a médica.

Veja os cincos navios atracados no Brasil com casos de Covid-19

MSC Preziosa

O navio segue em operação, mas reportou com antecedência que possui 25 casos de Covid-19 entre os tripulantes e oito entre os passageiros. O cruzeiro chegou nessa quarta-feira (5/1) ao Porto do Rio de Janeiro.

Costa Diadema

O cruzeiro está em quarentena no Porto de Santos (SP) e todos os passageiros foram desembarcados. Entre os tripulantes, há 30 casos positivos de Covid-19.

MSC Seaside

O navio está em operação, tendo reportado 65 casos de Covid-19 entre os tripulantes e 25 entre os passageiros. A previsão de chegada no Porto de Santos é para esta quinta-feira (6/1).

MSC Splendida

O navio está em área de fundeio no Porto de Santos (SP). Não há passageiros a bordo. Dentre os tripulantes, há 62 casos positivos de Covid-19. O cenário epidemiológico foi alterado para nível 4 no domingo (2/1), o que implica quarentena da embarcação.

Costa Fascinosa

O navio está navegando e não realizará novos embarques. Reportou dois casos de Covid-19 entre os tripulantes e cinco entre os passageiros.

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