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Entenda por que 13 países suspenderam uso da vacina Oxford/AstraZeneca

Até aqui 13 nações europeias já pausaram a aplicação do imunizante por possível relação com o desenvolvimento de coágulos sanguíneos

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vacina de oxford/astrazeneca
1 de 1 vacina de oxford/astrazeneca - Foto: Danny Lawson/PA Images/GettyImages

Nesta segunda-feira (15/3), os governos da Alemanha, Holanda, França, Espanha e Itália decidiram se unir a outros oito países e pausar a aplicação da vacina de Oxford/AstraZeneca na população. A razão é a morte de pelo menos três pessoas por conta de coágulos sanguíneos que surgiram após a aplicação do imunizante contra a Covid-19.

Há também casos de pacientes imunizados com embolia pulmonar e outros problemas de coagulação. Pelo menos 37 casos de efeitos adversos teriam sido relatados na Europa até o momento — cerca de 17 milhões de pessoas já foram imunizadas no bloco de países com a vacina.

Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reforçou a segurança do imunizante e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou que não há indícios concretos sobre a relação entre a vacina e o risco de coágulos. Acrescentaram que o número de casos de tromboembolismo pulmonar (quadro causado pelos coágulos no pulmão) em pessoas que tomaram o imunizante não é maior do que o documentado normalmente na população geral.

O órgão regulatório europeu deve emitir um parecer mais completo nesta terça-feira (16/3), onde decidirá se as novas informações são suficientes para que seja indicada alguma restrição à vacina.

A OMS acompanha o caso, mas os diretores da agência internacional defendem que a vacinação deve continuar, uma vez que o risco de desenvolver coágulos ainda é muito menor do que o de desenvolver um quadro grave de Covid-19 e morrer em consequência da infecção.

Soumya Swaminathan, cientista-chefe da organização, explicou, em entrevista coletiva na tarde desta segunda, que a população não deve entrar em pânico, e que pesquisadores da entidade se reunirão nos próximos dias para discutir a situação.

A AstraZeneca, laboratório responsável pela produção do imunizante, afirma que não há provas de que a fórmula favoreça a criação de coágulos.

No Brasil

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não há, até o momento, nenhum caso registrado de embolismo ou trombose em decorrência da vacina em território nacional. O órgão diz estar acompanhando o caso junto às autoridades de saúde internacionais, mas confirma que não há evidências suficientes para relacionar os coágulos ao imunizante.

Saiba como as vacinas contra Covid-19 atuam:

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