Entenda os perigos do pé diabético e como prevenir as feridas
Os problemas de circulação decorrentes de quadros descontrolados de diabetes podem causar úlceras e falta de sensibilidade nos pés
atualizado
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A diabetes é uma doença crônica caracterizada pela falta de insulina e/ou incapacidade dela de exercer seu papel de manutenção dos níveis de glicose no sangue. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 463 milhões de pessoas vivem com a doença em todo o planeta.
Se não tratada corretamente, a condição pode acarretar em uma série de complicações para o paciente: uma delas é o pé diabético, que acontece quando uma área machucada ou inflamada nos pés se torna uma úlcera.
O cirurgião vascular Fernando Bacalhau explica que problemas de circulação causados pela diabetes dificultam a chegada do sangue nos pés, fazendo com que o paciente não sinta mais dor na região e o diagnóstico e tratamento sejam atrasados.
“A falta de sangue pode causar a morte do tecido, tornando uma simples lesão em um problema bastante sério, como a necrose”, diz Bacalhau.
Ele complementa que quem tem diabetes deve observar frequentemente os pés e procurar por pequenas feridas, áreas avermelhadas, alterações nas unhas, bolhas e mudança no formato do membro, além de sensibilidade no local.
O cirurgião vascular elenca ainda alguns cuidados importantes para prevenir as feridas no pés:
- Examine os pés diariamente para verificar se há alterações ou lesões;
- Proteja os pés com meias e sapatos adequados;
- Coloque os pés para cima quando estiver sentado;
- Mexa os dedos diariamente e faça exercícios frequentes se não tiver feridas;
- Corte as unhas dos pés em linha reta, mantendo-as sempre curtas (unhas arredondadas podem crescer para dentro, causando infecção);
- Nunca raspe os calos ou tire pele em excesso dos pés, pois pode aumentar o risco de infecção;
- Hidrate os pés, mas mantenha a região entre os dedos sempre seca.
Infelizmente, o pé diabético não tem cura, mas existem tratamentos disponíveis em caso de complicações. As terapias devem ser adaptadas às queixas do paciente e às causas do problema.
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