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Entenda o que é o vírus Epstein–Barr, diagnosticado em Anitta

Anitta revelou ter o vírus que pode causar a doença do beijo e outras condições autoimunes, como esclerose múltipla e lúpus

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Foto colorida de Anitta usando roupa branca e com as pernas cruzadas - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Anitta usando roupa branca e com as pernas cruzadas - Metrópoles - Foto: Reprodução

Anitta foi diagnosticada há dois meses com o vírus Epstein–Barr (EBV), mais conhecido como o patógeno responsável pela mononucleose. A revelação foi feita pela própria cantora, no sábado (3/12), durante o lançamento do documentário Eu, produzido por ela, sobre a vida da atriz e diretora Ludmila Dayer.

O Epstein–Barr (EBV) é um vírus comum, da família do herpes vírus, responsável pela mononucleose – popularmente conhecida como a doença do beijo. Ele também é relacionado ao aumento do risco de desenvolvimento de outras doenças, como a esclerose múltipla (EM), lupus eritematoso sistêmico (LES) e diabetes do tipo 1.

Cientistas acreditam que até 95% da população adulta já teve contato com o EBV em algum momento da vida, sendo bastante comum entre os 15 e 30 anos. O vírus é transmitido principalmente pela saliva, mas a infecção também pode ocorrer pelo contato com objetos contaminados ou transfusões de sangue.

Os sintomas mais comuns são febre, fadiga e cansaço, inflamação de garganta e inchaço dos linfonodos, além de placas esbranquiçadas na boca, mal-estar, dor de cabeça, calafrios, náuseas e vômitos, tosse, perda de apetite, dores musculares e aumento do fígado e do baço, segundo especialistas da Rede D’Or. Muitas pessoas podem ter quadros assintomáticos e o vírus pode não evoluir para formas mais graves.

Tratamento

A mononucleose não tem cura. Uma vez que tenha sido infectado, o paciente fica com o vírus por toda a vida. Assim, o tratamento deve ser feito para o alívio dos sintomas apresentados, com medicamentos que diminuam a tosse, febre e dor de garganta, por exemplo. Eles também podem ser amenizados com repouso e hidratação correta.

Esclerose múltipla

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou evidências de que o vírus pode desencadear a esclerose múltipla, uma doença autoimune que afeta o cérebro e a medula espinhal.

A pesquisa americana, publicada em janeiro deste ano na revista científica Science, analisou os dados de 10 milhões de militares do país coletados durante duas décadas, e descobriu que o risco de desenvolver esclerose múltipla é 32 vezes maior entre as pessoas previamente infectadas pelo Epstein-Barr.

“Estamos trabalhando com essa hipótese, que o Epstein-Barr seja um fator de risco para esclerose múltipla, há 20 anos”, disse a cientista Kassandra Munger, co-autora da pesquisa.

Estudos anteriores já mostraram que pacientes com esclerose múltipla têm altos níveis de anticorpos específicos contra o Epstein-Barr. Contudo, nenhum deles conseguiu provar como o vírus atuaria no organismo desencadeando a doença.

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Em outras palavras, a condição resulta em danos permanentes com a destruição dos nervos, o que leva a problemas de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. Os sinais iniciais da doença dependem de quais nervos foram afetados
Fraqueza muscular, sensação de dormência ou formigamento em braços e pernas, cansaço extremo e lapsos de memória são comuns. Além desses, fala lentificada, pronúncia hesitante das palavras ou sílabas, visão embaçada ou dupla, tremores e dificuldade para engolir são alguns dos principais sintomas
Esses sintomas surgem ao longo da vida com a progressão da esclerose múltipla, sendo mais evidentes durante os períodos conhecidos como crise ou surtos da doença. Além disso, eles podem ser agravados quando há exposição ao calor ou febre
As causas da doença ainda são desconhecidas. No entanto, sabe-se que os sintomas estão relacionados com alterações imunológicas. Estudos apontam que ter entre 20 e 40 anos, ser mulher, ter casos da doença na família, ter baixos níveis de vitamina D e doença autoimune são alguns dos fatores associados à condição
Por ter origem desconhecida até o momento, não existe cura para a esclerose múltipla. Contudo, há tratamentos que ajudam a atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença
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Esclerose múltipla é uma doença autoimune, neurológica e crônica que gera alteração no sistema imune de quem a possui. A condição faz com que as células de defesa do corpo humano ataque o sistema nervoso central e, como consequência, provoque lesões musculares e cerebrais

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Em outras palavras, a condição resulta em danos permanentes com a destruição dos nervos, o que leva a problemas de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. Os sinais iniciais da doença dependem de quais nervos foram afetados

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Fraqueza muscular, sensação de dormência ou formigamento em braços e pernas, cansaço extremo e lapsos de memória são comuns. Além desses, fala lentificada, pronúncia hesitante das palavras ou sílabas, visão embaçada ou dupla, tremores e dificuldade para engolir são alguns dos principais sintomas

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Esses sintomas surgem ao longo da vida com a progressão da esclerose múltipla, sendo mais evidentes durante os períodos conhecidos como crise ou surtos da doença. Além disso, eles podem ser agravados quando há exposição ao calor ou febre

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As causas da doença ainda são desconhecidas. No entanto, sabe-se que os sintomas estão relacionados com alterações imunológicas. Estudos apontam que ter entre 20 e 40 anos, ser mulher, ter casos da doença na família, ter baixos níveis de vitamina D e doença autoimune são alguns dos fatores associados à condição

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Por ter origem desconhecida até o momento, não existe cura para a esclerose múltipla. Contudo, há tratamentos que ajudam a atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença

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O tratamento da esclerose múltipla é feito com medicamentos indicados pelo médico que ajudam a evitar a progressão, diminuir o tempo e a intensidade das crises, além de controlar os sintomas

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A fisioterapia também é importante para controlar os sintomas, pois permite que os músculos sejam ativados, evitando a fraqueza nas pernas e a atrofia muscular. Ela é feita por meio de exercícios de alongamento e de fortalecimento muscular

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Ao contrário do que possa imaginar, a esclerose múltipla não é uma doença tão rara assim. De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), a estimativa é de que 40 mil pessoas possuem a doença apenas no Brasil. No mundo inteiro, segundo o Ministério da Saúde, esse número sobe para 2,8 milhões

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Diagnóstico

O documentário Eu conta o processo de descoberta do diagnóstico da esclerose múltipla por Ludmila, ex-Malhação e Senhora do Destino, as batalhas para começar o tratamento e as questões emocionais.

Anitta contou que foi orientada por Ludmila a fazer exames específicos para o vírus Epstein–Barr após apresentar sintomas semelhantes aos da condição mas não ter um diagnóstico preciso.

“Quando chegaram os resultados, eu estava com o mesmo vírus que a Ludmila, em fase inicial. Hoje em dia não existe coincidência. Por sorte, por destino, eu consegui não chegar no estágio que a Ludmila chegou. Ela foi uma benção na minha vida”, contou no evento de lançamento do documentário, em São Paulo.

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