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Entenda o que é Covid incidental e sua relação com a variante Ômicron

O termo foi escolhido para se referir a pacientes que buscam atendimento médico para outras doenças, mas são diagnosticados com Covid

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Enfermeira com teste da Covid
1 de 1 Enfermeira com teste da Covid - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A rápida disseminação da variante Ômicron vem contribuindo para o aumento dos casos de Covid-19 no Brasil. Diariamente, o mundo registra recordes de infecções que têm levado a comunidade científica a correr contra o tempo para entender o real impacto da cepa. O que se sabe até o momento é que, graças à proteção da vacina e sua estrutura, a Ômicron é menos letal do que outras variantes. Contudo, ela apresenta alta capacidade de transmissão, um fator que desafia a saúde pública.

Autoridades de saúde da Europa oferecem orientações rápidas e confiáveis sobre o comportamento da Ômicron, baseadas no aumento desenfreado de casos que surgiram nos último mês. Especialistas relacionam a onda de infecções aos chamados casos de Covid incidental, um fenômeno que pode mudar a forma de medir o impacto da pandemia.

O que é Covid incidental

Covid incidental é o termo escolhido pela comunidade científica do Reino Unido para se referir aos casos daqueles que vão ao hospital por uma doença diferente da provocada pelo coronavírus, mas que, ali, descobrem que estão com o vírus.

A alta transmissibilidade da Ômicron, somada aos seus sintomas brandos, faz com que muitos sejam assintomáticos e contraiam o vírus sem saber. Sendo assim, é possível que a pessoa vá até o hospital, por exemplo, com uma doença gastrointestinal, e ao ser examinada, teste positivo para o coronavírus. Em outros casos, é possível que sejam infectados até mesmo durante o atendimento médico.

De acordo com os dados das últimas semanas, um terço dos hospitalizados na Inglaterra se encaixavam na situação. Políticos e cientistas do país afirmam que a evidência pode estar gerando uma imagem distorcida do impacto da nova onda de Covid-19. Os especialistas esperam que o cenário fique mais claro com o passar das semanas, pois ainda é cedo para tirar quaisquer conclusões.

Cientistas afirmam ainda que a situação pode variar conforme as diferenças demográficas e epidemiológicas de cada país.

Debates

No último mês de dezembro, Chris Hopson, diretor do NHS Providers (parte do sistema de saúde público do Reino Unido), falou em seu Twitter sobre o impacto dos casos de “Covid incidental”. Ele alertou sobre a maior proporção de “pacientes assintomáticos internados no hospital por outras razões e que logo testaram positivo para a Covid”.

Para alguns especialistas, essa observação é uma boa notícia, pois confirma a menor gravidade dos casos da Ômicron. O cenário levanta questionamento entre a imprensa britânica, se é a hora de mudar a forma como o impacto da pandemia é medido.

Aumento de casos da Ômicron

O mundo segue registrando novos recordes de casos de Covid-19. De acordo a plataforma Our World In Data, nesta terça-feira (4/1), foram registrados 2,59 milhões de infectados em apenas 24h. Porém, os números de mortes em consequência da infecção seguem em queda devido o avanço da vacinação.

Os Estados Unidos lideram o ranking de casos com 869 mil novos diagnósticos em um único dia. Em seguida, ocupam o ranking de mais registros positivos a França (271 mil casos), o Reino Unido (221 mil), a Itália (170 mil) e a Espanha (117 mil). A explosão de casos positivos se deve à transmissão da variante Ômicron, que se espalha mais rápido e escapa parcialmente da proteção das vacinas.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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