Entenda a causa da morte do jogador Juan Izquierdo, do Nacional
O jogador estava internado desde a última quinta-feira (22/8), quando teve uma arritmia. A morte foi confirmada nesta terça-feira (27/8)
atualizado
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Nesta terça-feira (27/8) morreu o jogador do Nacional, do Uruguai, Juan Manuel Izquierdo, de 27 anos. O atleta estava internado desde o dia 22 de agosto, quando teve uma arritmia cardíaca durante jogo contra o São Paulo pela Copa Libertadores.
De acordo com nota divulgada pelo Hospital Albert Einstein em São Paulo, onde o jogador estava internado, a causa do óbito foi “em decorrência de morte encefálica após uma parada cardiorrespiratória associada à arritmia cardíaca”, declarou.
O que aconteceu?
Durante o jogo na última quinta-feira (22/8), o zagueiro passou mal em campo devido a uma arritmia cardíaca, que se caracteriza por alterações no ritmo dos batimentos do coração, que podem ser irregulares, muito rápidos ou muito lentos.
Ele foi levado imediatamente ao hospital, onde chegou em meio a uma parada cardiorrespiratória – situação em que o coração e a respiração param. Juan precisou ser reanimado. No dia seguinte, os exames indicaram um “quadro neurológico crítico”.
O cardiologista Ernesto Osterne, do Instituto do Coração (ICTCor) de Taguatinga, em Brasília, explica que, em casos de colapso cardíaco, como o ocorrido com o atleta, a intervenção médica imediata é fundamental.
“Em circunstâncias onde o diagnóstico aponta para um ataque cardíaco ventricular, torna-se necessário realizar a desfibrilação, processo que envolve a aplicação de uma descarga elétrica com o objetivo de restaurar o ritmo cardíaco normal do paciente, melhorando assim seus sinais vitais”, diz o médico.
Cérebro afetado vem seguido de morte
Ele esclarece que, durante uma parada cardíaca, independentemente do ritmo — seja um bloqueio, ataque cardíaco ventricular ou fibrilação ventricular, como no caso dele —, o coração perde a capacidade de bombear o sangue de forma eficiente para o corpo, especialmente para o cérebro, que necessita de grandes quantidades de oxigênio.
Se a parada cardiorrespiratória não for identificada rapidamente ou manobras de reanimação cardiopulmonar não forem realizadas de imediato, o sangue deixa de circular. Segundo o especialista, sem o fornecimento adequado de sangue, o cérebro é o mais vulnerável e tende a ser o primeiro a sofrer danos irreversíveis.
“A falta prolongada de oxigenação no cérebro leva à isquemia e ao subsequente edema cerebral, podendo resultar em morte cerebral. Esse quadro pode ocorrer devido à redução do fluxo de oxigênio causada por uma parada cardíaca, que, no caso específico deste atleta, foi desencadeada por uma arritmia”, esclarece o cardiologista.
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