Endocrinologista dá 5 dicas para manter o tratamento da diabetes
Especialista chama atenção sobre os perigos da doença e demonstra preocupação com relação a baixa adesão de tratamento entre os portadores
atualizado
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Com certeza você conhece ou já ouviu relatos de uma pessoa que sofre de diabetes. A condição está cada vez mais comum entre os brasileiros e já corresponde a mais de 7% da população, segundo dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF). Especialistas chamam a atenção sobre os perigos da doença e demonstram preocupação com relação a baixa adesão do tratamento entre os portadores da condição.
De acordo com o endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional São Paulo (Sbem-SP), Felipe Martins Oliveira, a adesão significa a correspondência entre as informações da equipe médica e o que o paciente realmente segue.
A diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue, o que pode provocar danos em vários órgãos, se não for tratada. Existem quatro tipos principais de diabetes: tipo 1, tipo 2, gestacional e a pré-diabetes. O endocrinologiosta aponta cinco dicas importantes para melhorar a adesão ao tratamento:
Atenção em todas as áreas
Mantenha atenção nas cinco áreas que envolvem o tratamento: alimentação, exercício, teste de glicose, manejo de hipoglicemias e uso de insulina ou medicamentos.
Escute seu médico
Esteja alinhado aos profissionais de saúde que cuidam de você. Confira se a prescrição médica que segue é a mais atual e se você consegue compreender perfeitamente as instruções que estão nela. Na dúvida, entre em contato com a equipe de saúde.
Crie uma rotina
Estabeleça uma rotina escrita e marque em agenda ou calendário as ações realizadas no tratamento. No caso dos medicamentos, faça um diário daquilo que precisa tomar da hora que se levanta até o momento de ir dormir. Respeite os horários e anote tudo, em ordem cronológica.
Remédios visíveis
Mantenha os medicamentos em lugares que sejam intuitivos para você, por exemplo, no móvel ao lado da cama, na pia da cozinha. O ideal é que seja mais fácil se lembrar de encontrá-los e tomar a medicação.
“Caixas organizadoras que separam os comprimidos por dia da semana e horário de tomada são bem úteis”, sugere Felipe.
Peça ajuda
Avalie se é necessário ter ajuda de alguém para coordenar o seu tratamento. Não é vergonha pedir ajuda!
Especialistas advertem
Os médicos pedem zelo pelo tratamento, pois a diabetes mal controlada pode ser responsável por desencadear complicações graves como insuficiência renal, problemas cardiovasculares, amputação de membros, cegueira e acidente vascular cerebral (AVC).
Fique atento aos sinais! Os sintomas podem variar de acordo com o tipo da doença, porém de forma geral os primeiros indícios e sintomas da condição são cansaço frequente, muita fome, perda de peso repentina, muita sede, vontade de ir ao banheiro frequentemente e escurecimento de dobras, como a da axila e do pescoço, por exemplo.
A Federação Internacional de Diabetes também aponta que o Brasil ocupa o 6º lugar entre os 10 principais países com adultos (20 a 79 anos) com diabetes em 2021. Além disso, somos o terceiro país com maior prevalência de diabetes tipo 1 (92.300 pessoas), em pessoas abaixo dos 20 anos de idade, atrás apenas da Índia e Estados Unidos.