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Empresas do DF oferecem serviço de saúde em casa para pacientes com Covid-19

Atendimento é planejado de acordo com gravidade da doença e pode incluir desde a criação de um leito de UTI até a reabilitação após a doença

atualizado

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1 de 1 home care - Foto: iStock/Foto ilustrativa

A alta do número de infecções provocadas pelo novo coronavírus fez com que hospitais de todo o país voltassem a operar no limite. Nesta esteira, surgiram serviços especiais de empresas de home care (tratamento de saúde domiciliar) voltados especialmente à Covid-19. Além de desafogar os hospitais, o serviço se tornou uma possibilidade para que os doentes estejam perto de seus familiares e recebam atendimento personalizado.

Liliane Lima, sócia da Ágape – Assistência Domiciliar em Saúde, acredita que o cuidado em casa, próximo da família, contribui para a saúde do paciente e para desafogar os hospitais. “Quando a gente mantém os pacientes em internação domiciliar, estamos dando mais conforto ao paciente e também propiciando que tenham mais leitos disponíveis nos hospitais”, afirma.

O atendimento em casa também é usado por pacientes que receberam alta, mas precisam continuar a recuperação em casa. “Infelizmente, as sequelas da Covid-19 não são iguais para todo mundo. Em geral, as sequelas respiratórias são as mais marcantes. São pacientes que podem voltar para casa com traqueostomia, sonda para alimentação, precisando de um respirador, com fadiga, sem andar ou ter movimentos adequados e vão precisar se reabilitados”, conta a médica geriatra Silvana Coelho Nogueira, sócia da Luminu Home Care, outra empresa que presta este tipo de serviço.

Silvana destaca ainda os impactos psicológicos, que também são acompanhados pelo serviço de home care. Alguns pacientes da Covid-19 retornam para casa com quadros de esquecimento agudo, psicose e depressão, por exemplo. “São pacientes que voltam para casa muito deprimidos ou ansiosos pela doença e pela estadia no hospital”, avalia.

Na maioria dos casos, o serviço de atendimento domiciliar inclui a instalação de uma cama hospitalar na casa do paciente, suporte de oxigenoterapia, ventilador mecânico, cuidados de passagem de sonda, antibióticos e medicações antifúngicas, hidratação e dieta.

O acompanhamento é feito por uma equipe especializada, composta por técnicos de enfermagem – em tempo parcial ou integral –, médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e terapeutas complementares, importantes para a reabilitação emocional. A frequência das visitas varia conforme o planejamento terapêutico.

“Tudo o que o paciente tinha no plano terapêutico do hospital na data da alta será reproduzido em casa, incluindo cadeira de rodas, cadeira de banho, fralda e medicamentos”, explica Liliane Lima.

Uma equipe vai previamente na casa para analisar as condições do local e sugerir as adaptações que devem ser feitas. Em seguida, são providenciados todos os equipamentos para que, quando o paciente chegue, encontre a estrutura hospitalar montada. Alguns planos de saúde ainda oferecem uma equipe de intercorrência de plantão, com enfermeiro, médico e ambulância que vai até a casa do paciente caso a enfermeira do home care não consiga resolver o quadro.

Todo esse tratamento tem um custo elevado. Liliane afirma que varia, em média, entre R$ 1 mil a R$  30 mil por mês, podendo chegar a R$ 80 mil para os casos de altíssima complexidade. “O custo varia muito, mas tudo é coberto pelos planos de saúde. Hoje a gente atende 21 operadoras de saúde e 98% do nossos serviços são custeados por convênio”, conta.

Protocolos

Os profissionais que atendem em home care precisam estar preparados e equipados para não não se contaminar e nem levar o vírus para os demais moradores da residência.

A médica Silvana Coelho Nogueira, da Luminu Home Care, conta que a empresa elaborou dois protocolos de segurança: um diz respeito aos procedimentos operacionais padrões para todos os profissionais que fazem assistência em casa, e o outro é direcionado aos pacientes e familiares.

“Faz muita diferença estar no seu ambiente. A gente percebe que as famílias ficam mais tranquilas, principalmente, quando elas sabem que dentro de casa não vai faltar nada. O hospital é ótimo e muito necessário, mas ele precisa seguir um método de trabalho mecânico para oferecer um padrão de atendimento. Dentro de casa, as particularidades dos pacientes são atendidas”, completa Silvana.

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