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Empresa indiana pretende exportar vacinas contra Covid-19 ao Brasil

Testes clínicos com a vacina da empresa Zydus Cadila foram iniciados em janeiro. A farmacêutica quer produzir 150 milhões de doses ao ano

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1 de 1 vacina covid-19 coronavírus frascos e seringas - Foto: Nataliya Vaitkevich no Pexels

A farmacêutica indiana Zydus Cadila deve encerrar até abril testes clínicos na Índia de um imunizante contra a Covid-19 – a vacina Zycov-D – e tem tratativas com um laboratório brasileiro para, em breve, trazer doses para o Brasil.

“Vamos trabalhar de perto com as autoridades sanitárias para ajudar as pessoas do Brasil a acessarem a vacina. Em breve, iremos entregar os dados dos testes para as autoridades e aguardamos suas orientações sobre o caminho a seguir”, disse a empresa.

Em nota, a farmacêutica afirmou que “negocia com um dos laboratórios mais tradicionais e qualificados do país”. O companhia asiática disse à reportagem não poder revelar a contraparte brasileira, por enquanto, em função de uma questão contratual.

Atualmente, os estudos na Índia estão na fase 3, que devem determinar qual a eficácia da vacina em proteger humanos contra formas de manifestação da Covid-19. Os testes clínicos com a vacina foram iniciados em janeiro e contam com a participação de 30 mil voluntários.

A expectativa do laboratório é produzir 150 milhões de doses da vacina por ano, com espaço para aumentar conforme a demanda. Caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove o uso da vacina, o laboratório diz ser capaz de “entregar milhões de doses” ao Brasil.

A vacina Zycov-D pode ser a primeira baseada em DNA a chegar ao mercado. Entre as vantagens deste tipo de imunizante, a vacina independe do armazenamento em freezers, podendo ser transportada à temperatura ambiente e armazenada desta forma por meses, informou o fabricante.

De acordo com os testes, a vacina permanece estável a 23ºC por três meses, e, para estoque por período mais prolongado, são necessárias temperaturas entre 2ºC a 8ºC. Outros estudos com vacinas baseadas em DNA estão em caminho no mundo para o tratamento de outras doenças como tuberculose, antraz, malária, aids e, inclusive, câncer.

Ao todo, o laboratório recomenda a aplicação de três doses para que a eficácia máxima seja alcançada, ainda que o imunizante desencadeie uma “resposta boa” a partir da segunda dose. Até o momento não há um preço definido por dose, porém o laboratórios afirma que um “valor razoável” será definido próximo ao lançamento da vacina. “A Zydus acredita em fornecer terapias, diagnósticos e vacinas acessíveis, especialmente durante esta pandemia”, afirmou.

O laboratório também informa que este tipo de vacina permite uma atualização mais frequente, de acordo com as cepas de vírus em circulação. Segundo comunicou a Zydus Cadila, o laboratório planeja realizar atualizações mensais da vacina. Outro ponto considerado é que o imunizante dispensa o uso de seringas e agulhas descartáveis – insumos escassos no mercado e necessários para a aplicação de outras vacinas – e pode ser injetado por meio de aplicadores que disparam o imunizante através da pele.

Segundo afirmou o presidente do Grupo Zydus, Pankaj Patel, “a vacina demonstrou ser segura, bem tolerada e imunogênica. Com o imunizante na crítica fase 3 nós estamos esperançosos de um resultado positivo e da possibilidade de ajudar as pessoas a se protegerem contra a Covid-19”. A Zydus Cadila tem 36 fábricas ao redor do mundo, 25 mil funcionários e atualmente mantém contratos de fornecimento de insumos a laboratórios do Brasil, México e Colômbia.

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Os imunizantes são os dois primeiros aprovados no país contra o novo coronavírus
Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, acompanhou distribuição dos imunizantes
Os imunizantes ficam armazenados em câmaras frigoríficas a -18°C
Vacinas foram enviadas, de Guarulhos (SP) aos estados, em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)
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A Anvisa aprovou em 17/1 o uso emergencial das vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca

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Como são necessárias duas doses do imunizante para cada pessoa, 3 milhões de brasileiros serão vacinados na primeira etapa da campanha

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Entre as aplicações da primeira e da segunda dose do imunizante, está previsto um intervalo de 14 a 28 dias

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