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Embolia pulmonar: saiba sintomas da doença que matou médica aos 27

A médica Adriana Laurentino, 27 anos, morreu de embolia pulmonar após fazer uma viagem de avião da Bahia para o Acre com o pé fraturado

atualizado

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Adriana morre embolia pulmonar Ac
1 de 1 Adriana morre embolia pulmonar Ac - Foto: Reprodução

Uma médica de 27 anos morreu de embolia pulmonar, no último sábado (24/6), após fazer uma viagem de avião com o pé esquerdo fraturado. Adriana Rodrigues Laurentino viajava de Camaçari, na Bahia, para a cidade natal, Brasiléia, no Acre. A intenção era passar um tempo com a família até recuperar a mobilidade perdida.

Durante a viagem, a médica sentiu um mal estar e chegou a ser atendida no aeroporto de Brasília, mas seguiu viagem para a Região Norte do país. Segundo familiares, Adriana chegou bem ao destino final, mas, à noite, precisou ser levada a uma emergência médica e acabou falecendo às 23h.

“Ela estava com o pé fraturado e não tinha como ficar dentro do apartamento, estava de atestado. Esse voo que foi o problema, muito tempo dentro do avião, a perna parada e tudo contribuiu para a embolia pulmonar”, contou Renata Lopes, prima de Adriana, ao G1.

De acordo com o pneumologista Jefferson Fontinele, do Hospital de Base do Distrito Federal, o risco de embolia pulmonar relacionado a viagens de avião é baixo, mas pode ser agravado com a associação de outros fatores de risco.

O uso de uma bota ortopédica ou gesso, que naturalmente limita o movimento da perna e a circulação do sangue, pode ser um agravante quando o passageiro tem fatores de risco.

“Quando você senta, acaba limitando a circulação dos membros inferiores. O gesso ou a bota ortopédica pode ter dificultado ainda mais a circulação e contribuído para a formação de coágulos”, explica o médico.

O que é embolia pulmonar?

A embolia pulmonar – também conhecida como infarto pulmonar ou tromboembolismo pulmonar (TEP) – é caracterizada por um quadro grave no qual um coágulo sanguíneo localizado em uma das veias das pernas ou da pelve se solta e bloqueia um vaso sanguíneo do pulmão (artérias).

Em casos assim, o paciente sente dor ao respirar e intensa falta de ar. A quantidade de oxigênio no sangue pode diminuir, prejudicando o funcionamento de todos os órgãos, especialmente quando o embolismo persiste por muito tempo ou o paciente tem vários coágulos.

Imagem colorida: mulher com mão no peito - Metrópoles
Em um quadro de embolia pulmonar, os pacientes podem sentir falta de ar repentina e tontura

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para um quadro de embolia pulmonar são:

  • Passar longos períodos sem se movimentar;
  • Varizes;
  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Idade superior a 40 anos;
  • Gravidez e pós-parto;
  • Uso de anticoncepcionais com estrógeno;
  • Reposição hormonal;
  • Traumas;
  • Cirurgias extensas;
  • Câncer;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Histórico de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
  • Distúrbios na coagulação do sangue.
Imagem colorida: passageiros sentados em avião - Metrópoles
Um dos principais fatores de risco para a embolia é a falta de movimento por longos períodos de tempo

Sintomas

É importante prestar atenção aos primeiros sinais da condição para evitar que o quadro se agrave. Os sintomas podem incluir:

  • Sensação repentina de falta de ar;
  • Inchaço nas penas e dor ao se movimentar;
  • Dor no peito ao respirar fundo, tossir ou comer;
  • Tosse constante que pode ter a presença de sangue;
  • Pele pálida, fria e azulada;
  • Tonturas, sensação de desmaio ou desmaio;
  • Confusão mental;
  • Batimentos cardíacos rápidos ou irregulares.

“O diagnóstico de embolia pulmonar é um desafio. Sempre que houver um quadro de síncope vista por médico, com alterações de frequência cardíaca, respiratória, e com uma paciente com histórico de imobilização, a embolia pulmonar deve ser pensada como uma suspeita”, explica Fontinele.

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