Agência europeia vê relação entre vacina Johnson & Johnson e trombose
Órgão regulador de medicamentos ressaltou, entretanto, que casos de coágulos são raros e que os benefícios da vacina superam os riscos
atualizado
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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) informou, em comunicado nesta terça-feira (20/4), que casos de trombose devem ser incluídos na lista de possíveis efeitos colaterais da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Johnson & Johnson (J&J). O regulador, contudo, reiterou que o desenvolvimento de coágulos é “muito raro” e que os benefícios da aplicação do profilático superam os riscos.
O parecer do comitê de segurança da entidade é semelhante ao que foi dado para o imunizante da AstraZeneca com Universidade de Oxford, anunciado no início deste mês. Também está em linha com decisão de autoridades sanitárias americanas, que recomendaram a suspensão temporária do uso do produto da J&J. A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos ainda investiga a questão.
A EMA disse que levou em consideração os relatos dos EUA na definição de hoje. Segundo a nota, foram identificados oito casos de trombose em pessoas que receberam a dose única da vacina da J&J, entre mais de 7 milhões que receberam o produto em território americano. Todos os registros ocorreram em pessoas com menos de 60 anos, a maioria mulheres.
“A avaliação científica da EMA sustenta o uso seguro e eficaz das vacinas contra a Covid-19. A utilização da vacina durante as campanhas de vacinação a nível nacional terá que levar em consideração a situação da pandemia e a disponibilidade da vacina em cada Estado membro”, reforça o comunicado.