Em tempos de coronavírus, hábito de roer unhas deve ser eliminado
A onicofagia afeta pessoas de todas as idades e, geralmente, está relacionada a alguma situação de ansiedade e nervosismo
atualizado
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Nunca se ouviu falar tanto sobre a importância de lavar e higienizar as mãos. Em tempos de Covid-19 aqueles que têm mania de roer as unhas devem redobrar a atenção, pois hábito facilita a exposição do organismo ao vírus.
“O simples fato de levar a mão à boca já é um fator de risco. Nas unhas, acumulamos sujidade, por isso a correta higienização das mãos inclui a fricção das polpas digitais e unhas”, explica a infectologista Ana Helena Germoglio, do Hospital Brasília.
O hábito, também conhecido como onicofagia, afeta pessoas de todas as idades e geralmente está relacionado a alguma situação de ansiedade e nervosismo. O dentista Willian Ortega alerta para outros problemas causados pela mania:
- Roer as unhas facilita o crescimento de bactérias na cavidade oral podendo afetar dentes e gengivas, já que os pedaços das unhas roídas são cortantes, além de causar mau hálito;
- O movimento feito para roer as unhas pode causar alterações na mandíbula como estalos e dor ao mastigar;
- Quem tem o hábito está mais propenso a desenvolver bruxismo, que causa o ranger dos dentes inconsciente, aumentando a sensibilidade dentária;
- Para as crianças que estão em fase de desenvolvimento dos dentes, há o risco de má-oclusão e problemas de alinhamento da arcada dentária;
- Ao roer as unhas é natural fazer uma pressão maior nos dentes. Isso ocasiona o desgaste do esmalte, deixando os dentes mais desprotegidos e propensos a formação de cáries e gengivite;
- O ato pode causar problemas digestivos e estomacais pelo acúmulo de bactérias;
- Em alguns casos as bactérias vindas da unha podem ser a causa de episódios de diarreia, infecções respiratórias e até apendicite.
Entre as dicas para interromper a mania estão: mantar as unhas bem cortadas e lixadas; pintá-las com com esmalte especial e/ou mascar um chiclete quando ansiedade e tédio aparecerem. Em casos mais graves, Ortega sugere o uso de um protetor bucal.