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Em novo recorde, mundo ultrapassa 1,7 milhão de casos de Covid em 24h

Dados da plataforma Our World in Data mostram novo recorde de casos diários de infecções provocadas pelo novo coronavírus

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1 de 1 exames-covid-hemocentro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em novo recorde, o mundo registrou nas últimas 24 horas mais de 1,7 milhão de pessoas infectadas pelo coronavírus. As informações são da plataforma Our World in Data, associada à Universidade de Oxford, e levam em consideração os casos de Covid-19 confirmados na última quarta-feira (29/12).

O recorde anterior de casos diários de Covid-19 havia sido registrado na segunda-feira (27/12), quando mais de 1,4 milhão de novas infecções foram confirmadas ao redor do globo. Em 28 de dezembro, 1,3 milhão de pessoas foram diagnosticadas com o vírus.

De acordo com dados do Our World in Data, desde o início da pandemia, a marca de um milhão de casos diários de coronavírus somente foi atingida nesses últimos três dias.

No atual momento da pandemia, os Estados Unidos lideram o crescimento de casos – só na quarta-feira (29/12), 489.267 diagnósticos foram anotados no país, o que equivale a cerca de 37% dos casos do mundo. Em seguida, aparece o Reino Unido, com 223.621 casos/dia e, em terceiro, a França, com 208.099 casos/dia.

Ômicron

A variante Ômicron, identificada em novembro na África e já em circulação global, impulsiona o novo pico de casos. Apesar de ser menos letal que as outras versões do vírus, a Ômicron vem se espalhando de maneira muito rápida.

A chegada da mutação levou países como Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos a anunciaram novas diretrizes para a circulação de pessoas.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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Tsunami de casos

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, demonstrou preocupação em relação ao “tsunami de casos” na quarta-feira (29/12). Segundo ele, o vírus continuará a evoluir e a ameaçar nossos sistemas de saúde se a resposta coletiva à pandemia não for melhorada.

“No momento, Delta e Ômicron são ameaças gêmeas que estão levando os casos a números recordes, o que novamente está levando a picos de hospitalizações e mortes. Estou muito preocupado que a Ômicron sendo mais transmissível, circulando ao mesmo tempo que Delta, esteja levando a um tsunami de casos”, afirmou.

O diretor da OMS acrescentou que, caso a transmissão não seja controlada, a situação continuará a exercer uma pressão imensa sobre os trabalhadores de saúde, que estão exaustos. “A pressão sobre os sistemas de saúde não se deve apenas aos novos pacientes do Covid-19 que precisam de hospitalização, mas também a um grande número de profissionais de saúde que também estão adoecendo”, ressaltou.

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