Em Israel, internação de idosos cai 60% após vacinação contra Covid-19
Queda ocorre três semanas após o começo da campanha. Próxima etapa inclui pessoas com mais de 40 anos e adolescentes de 16 a 18 anos
atualizado
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Um relatório do Maccabi Healthcare Services, divulgado no último domingo (24/1), reforçou o sucesso da campanha de vacinação contra a Covid-19 em Israel. De acordo com o documento, três semanas após o início da aplicação, o país já observa uma queda de 60% nas internações hospitalares de idosos.
A vacinação contra o coronavírus no país começou no dia 20 de dezembro de 2020. Em apenas 12 dias, o governo israelense já havia vacinado mais de 1 milhão de pessoas, tornando-se referência mundial. No dia 18 de janeiro, as hospitalizações demonstravam queda significativa, segundo o relatório.
Os dados partiram do monitoramento de cerca de 50 mil pessoas com mais de 60 anos. As informações mostram que até o dia 13 de janeiro, os vacinados com mais de 60 anos tinham taxas de infecção semelhantes às da população geral com mais de 60 anos. No dia 23 de janeiro, havia 18 infecções diárias entre o grupo, mas apenas seis aconteceram entre os vacinados.
Em entrevista ao jornal The Times of Israel, Galia Rahav, diretora de doenças infecciosas do hospital israelense Sheba Medical Center, comemorou o resultado. Segundo ela, a pesquisa “tem um impacto porque em meio a altas taxas de infecção e a disseminação de variantes do vírus, é difícil ver em números gerais como a vacinação está influenciando as coisas”.
A especialista chama atenção de que parte da queda pode ter sido causada pelos pacientes recém-vacinados, que estariam mais propensos a seguir as regras de isolamento social.
De acordo com o Ministério da Saúde de Israel, mais de 25% das 9 milhões de pessoas que vivem no país já receberam pelo menos uma dose da vacina contra Covid-19. A expectativa do governo local é retomar a economia em fevereiro.
No início da campanha, as vacinas eram destinadas apenas a idosos e a pessoas de grupos prioritários, como profissionais de saúde. No domingo (24/1), o país começou uma nova fase da campanha, que inclui adolescentes com idades entre 16 e 18 anos, mediante aprovação dos pais. A medida visa permitir que os jovens possam fazer provas e vestibulares em segurança. Pessoas com 40 anos ou mais também estão liberadas para tomar a vacina.