Em estágios finais, câncer de laringe pode causar ruído ao respirar
Cânceres de cabeça e pescoço acomentem principalmente homens adultos e pode ser desenvolvido, por exemplo, pelo excesso de álcool e fumo
atualizado
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Existem múltiplos fatores que podem denunciar um câncer. No caso de pacientes com tumores de cabeça e pescoço, por exemplo, a rouquidão na voz pode ser sintoma de câncer na laringe, que ocorre predominantemente em homens acima de 40 anos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença é o oitavo tipo de câncer mais incidente no Brasil.
“A laringe é um órgão que pertence à cervical, e é por ela que entra o oxigênio para chegar nos pulmões. É um órgão muscular e de fonação. Ter um câncer de estágio avançado pode comprometer a fala e respiração”, explica o oncologista Rodrigo Nery, da Oncologia D’Or, em Brasília.
Quanto à respiração, o médico diz que é possível, em estágios mais avançados da doença, que se ouça um chiado, ou ruído, ao respirar. Não é tão frequente, mas a laringe pode ser comprimida pelo tumor e o som resultante parece que a pessoa está “respirando por um canudinho”.
Um paciente com ruído ao expirar e inspirar não necessariamente tem câncer de laringe. Nery diz que o sintoma pode ser causado por outros problemas, como laringite, edema na glote ou coqueluche, que pode causar estreitamento do órgão.
Sintomas
“Tem sempre algo circulando pela laringe, seja ar ou comida. É uma via muito suscetível ao que as pessoas inalam. Portanto, fumar e beber álcool pode causar o desenvolvimento do tumor”, alerta o oncologista. Os principais sintomas são:
- Dor de garganta;
- Rouquidão;
- Alteração na qualidade da voz;
- Dificuldade de engolir;
- Sensação de “caroço” na garganta;
- Nódulo (caroço) no pescoço.
Nery destaca outro possível sintoma em estágios finais da doença: sangue ao tossir. “Não é tão comum, mas pode acontecer um pequeno sangramento”, afirma.
Caso seja identificado precocemente, o câncer tem chances altas de cura. O tratamento pode envolver cirurgia e/ou radioterapia e quimioterapia associada à radioterapia. Caso a intervenção seja feita nos primeiros estágios do tumor, o indivíduo tem chances de sair sem prejuízos na voz.
Caso o tumor evolua, o paciente pode ser submetido a laringectomia, a remoção total ou parcial da laringe — nesses casos, a pessoa perde a voz e respira por meio da traqueostomia, a inserção de um tubo para garantir a passagem de ar.
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