Em casos graves, coronavírus permanece no organismo por 21 dias
Pesquisa publicada em revista científica internacional estabeleceu relação entre a gravidade da doença e o pico da carga viral
atualizado
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Um estudo feito com 96 pessoas diagnosticadas com Covid-19 no Hospital de Zhejiang, na China, estabeleceu relações entre o tempo que o novo coronavírus permanece no organismo dos pacientes, o período no qual acontece o pico da carga viral e a gravidade dos casos.
Nos piores quadros da doença, o vírus permanece por até 21 dias no sistema respiratório dos pacientes e o pico da infecção se dá até a terceira semana depois do contágio. Nos casos mais leves da Covid-19, o vírus fica no corpo durante 14 dias e a infecção é mais forte na segunda semana.
A pesquisa foi feita por cientistas chineses entre janeiro e março e publicada na terça-feira (21/04), na revista científica britânica The BMJ (The British Medical Journal), uma das mais prestigiadas da área. Foram analisadas 3.400 amostras de secreções do trato respiratório, urina, sangue e fezes dos pacientes.
Os cientistas encontraram o vírus nas fezes de 59% dos pacientes avaliados, em um período médio de 22 dias, tempo superior ao que o Sars-CoV-2 sobrevive no sistema respiratório. O coronavírus não foi encontrado em amostras de urina.
Os resultados apontam que, mesmo quando o paciente deixa de apresentar os sintomas e tenha alta, ele segue transmitindo a doença. Ou seja, há mais um motivo para seguir os protocolos de isolamento social recomendados para pacientes infectados.