Em busca da felicidade? Confira cinco hábitos que você deve abandonar
Se dá trabalho ser feliz, é muito mais trabalhoso ser infeliz. Especialista destaca maus hábitos que podem dificultar a felicidade
atualizado
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“Aristóteles dizia que felicidade não é para os inertes, é para os ativos. Eu digo: dá trabalho ser feliz, mas dá muito mais ser infeliz: cada um escolha o trabalho que vale a pena”, afirma Carla Furtado, diretora do Instituto Feliciência.
Apesar de o conceito de felicidade ser subjetivo e mudar para cada pessoa, ela explica que ser feliz demanda buscas, decisões, atitudes e escolhas. E não pode ser um projeto para o futuro. Só dá para ser feliz começando desde já.
Para facilitar o trabalho, Carla enumera cinco hábitos que devem ser eliminados da sua vida. Confira:
1. Excesso de conexão
Por conta da expectativa de vida alongada, este é considerado o melhor momento na história da humanidade para se viver. Porém, apesar de vivermos mais, a rotina não está mais fácil: o período é considerado o mais desafiador de todos os tempos devido ao aumento dos casos de pacientes diagnosticados com transtornos mentais e a intensidade dos quadros.
O tempo de consumo de telas e conexão digital é diretamente proporcional ao adoecimento mental, de acordo com Carla. Ela explica que o ideal é ter 12 horas ininterruptas de desconexão digital por dia: considere largar o celular duas horas antes de dormir, cumpra as oito horas de sono, e só volte a pegar o aparelho duas horas após despertar.
2. Distanciamento social
A pandemia de Covid-19 exigiu que as pessoas adotassem o distanciamento físico. Agora, com a passagem do momento mais crítico da doença, é hora de praticar a reconexão.
“Não é simples. Em muitas pessoas, diante do risco, o cérebro é ágil e aprende o novo comportamento para preservar a vida. Depois, para poupar energia, ele se acomoda. Contudo, somos seres sociais: a conexão humana é primordial para a felicidade, a saúde e a longevidade”, diz Carla.
Ela afirma que o esforço inicial de restabelecer os laços e a convivência valem a pena. A dica é colocar os compromissos na agenda: marque visitas aos familiares, tire o domingo para encontrar os amigos e não falte happy hour com os colegas do trabalho.
3. Negligência ao repouso
Carla explica que, hoje, é mais comum que a população tenha problemas para dormir e a insônia se tornou uma epidemia mundial. Com isso, o corpo nunca consegue descansar o suficiente para funcionar da melhor maneira.
“Além das noites de descanso, podemos estabelecer pequenas pausas ao longo dia, intervalos, para fazer algo relaxante e prazeroso: dois a três minutos de respiração reguladora, tomar um café ou chá fora da estação de trabalho, contemplar a natureza da janela e, para quem pode, pisar na grama por alguns instantes”, recomenda a especialista.
Para o organismo, repouso não é inatividade — ao contrário, é um processo de restauração. Não custa lembrar que é quase impossível ser feliz exausto.
4. Trabalho demais
Nunca o trabalho ocupou tanto espaço na mente e vida das pessoas como hoje. Apesar de essencial como forma de subsistência e de realizações pessoais e materiais, é preciso restabelecer interesses fora do escritório e das telas.
Para Carla, viver além do serviço contribui para a saúde, resiliência e resultaria no aumento da felicidade.
5. Planejar a felicidade para o futuro
Faz parte do ser humano planejar e estabelecer projetos. Mas, segundo Carla, esse tipo de organização não funciona para a felicidade. “Há um fenômeno psíquico chamado adaptação hedônica, em que alcançamos o que desejamos e rapidamente nos adaptamos sem que a sensação de satisfação permaneça”, explica.
A felicidade é uma experiência que ocorre apenas no presente, internamente, e será mais sólida e duradoura quando estiver dissociada de conquistas grandiosas e associada ao contentamento com aquilo que já se possui. Portanto, reconheça e agradeça a todos e tudo que têm valor na sua vida.
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