Eleições 2020: saiba como se proteger do coronavírus na hora de votar
O grande fluxo de pessoas nas ruas e nas seções eleitorais exigirá cuidados redobrados para evitar a transmissão da Covid-19
atualizado
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Cerca 147,9 milhões de brasileiros vão às urnas no domingo (15/11) para o primeiro turno das eleições de prefeitos e vereadores. O grande fluxo de pessoas nas ruas e nas filas das seções eleitorais exigirá cuidados redobrados para evitar a transmissão do novo coronavírus. Por causa da pandemia da Covid-19, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adotou uma série de medidas de segurança para os 95 mil locais de votação espalhados pelo país.
A infectologista do Hospital Águas Claras, Ana Helena Germoglio, assegura que as pessoas não precisam ter medo de sair de casa para votar, mas recomenda que se preparem para a situação, tomando todos os cuidados necessários para a prevenção. Veja algumas orientações que devem ser seguidas no dia da votação:
Não vote se estiver com suspeita de Covid-19
O eleitor com febre ou que teve Covid-19 nas últimas duas semanas não deve comparecer às urnas, segundo o TSE. A ausência poderá ser justificada em até 60 dias em qualquer cartório eleitoral ou pelo aplicativo e-Título, com a apresentação de atestado médico ou teste positivo para a infecção.
Para a infectologista Ana Helena Germoglio, até pessoas com sintomas leves, como coriza e dor de garganta, devem evitar ir às urnas para reduzir as chances de contaminação comunitária. “A maioria dos pacientes com o vírus tem sintomas leves, mas, ainda sim, pode transmiti-lo. Então, se você tem sintomas, o melhor é ficar em casa”, diz.
Cuidado ao utilizar o transporte público
Os cuidados para votar começam assim que o eleitor sai de casa. Quem precisar utilizar o transporte público deve usar a máscara corretamente, ter seu próprio álcool em gel para a limpeza das mãos e manter as janelas sempre abertas para a livre circulação de ar.
Idosos e pessoas em grupos de risco devem votar nas primeiras horas
Este ano, o horário das eleições foi ampliado para 7h às 17h para evitar as aglomerações. A recomendação do plano de segurança sanitária do TSE é que o horário entre 7h e 10h seja reservado para as pessoas do chamado grupo de risco para a Covid-19 – como os idosos e as pessoas com doenças crônicas. Os eleitores que não se encaixam nesse perfil, no entanto, não serão proibidos de votar no horário.
Use máscara
O uso da máscaras de proteção facial se tornou item obrigatório no dia a dia. Não será permitido comer, beber ou fazer qualquer atividade que exija a retirada dela dentro das zonas eleitorais.
Respeite o distanciamento social nas filas
Assim como no dia a dia, o distanciamento social deve ser mantido nas zonas eleitorais. Idealmente, os eleitores devem respeitar o espaço de 1,5 metro de distância uns dos outros nas filas (o equivalente a dois passos).
Limpe as mãos
De acordo com o TSE, as seções eleitorais contarão com álcool em gel 70% para que os eleitores higienizem as mãos antes e depois da escolha dos candidatos. A medida é importante para evitar que as urnas não se tornem uma possível superfície de propagação do vírus.
A infectologista do Hospital de Águas Claras sugere que as pessoas também levem seus próprios frascos de álcool em gel para evitar imprevistos.
Leve sua própria caneta
Antes de ir para a urna, o eleitor precisa assinar o caderno de votação. Para minimizar as chances de infecção por contato, o ideal é que cada um leve a sua própria caneta. A infectologista explica que o risco de transmissão é mínimo, mas pode ser evitado com a medida.
Deixe as crianças em casa
É comum que pais levem os filhos ao local de votação no dia do pleito, mas neste ano, a Justiça Eleitoral pede que as crianças fiquem em casa.
Mesários precisam de atenção redobrada
Os mesários devem ficar atentos aos cuidados ao longo do dia. Eles receberão álcool em gel de uso individual e face shield quando chegarem ao local. É importante destacar que as viseiras plásticas não substituem o uso da máscara, que deve ser substituída a cada quatro horas ou antes disso se estiver úmida, suja ou danificada. “O face shield não dá proteção máxima. O que dá é o uso dele com a máscara”, pondera Ana Helena.
A médica desaconselha o uso de luvas porque as pessoas podem ter a falsa sensação de que estão com as mãos protegidas e descuidarem da higiene delas. “As luvas não aumentam a proteção do indivíduo, mas higienizar a mão com frequência, sim”, explica.
Sem identificação biométrica
Este ano, a identificação por biometria foi suspensa pela Justiça Eleitoral para evitar a formação de filas. A infectologista destaca que a medida foi importante para diminuir as chances de contaminação por superfície de contato, pois o local precisaria ser higienizado após cada uso. “Qualquer coisa compartilhada por muitas pessoas se torna um risco grande tanto para quem está usando, quanto para os mesários”, pondera Ana Helena.