Eficácia da dose de reforço diminui em 4 meses, indica estudo do CDC
Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) diz que, apesar da diminuição, o reforço continua eficaz contra formas graves da Covid-19
atualizado
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Um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, descobriu que as doses de reforço das vacinas contra a Covid-19 são eficazes contra quadros moderados e graves da infecção, mas a proteção começa a diminuir quatro meses depois da terceira dose. As informações foram publicadas na sexta-feira (11/2).
Durante o período em que a variante predominante no país foi a Ômicron, a eficácia contra atendimentos de urgência e hospitalizações foi de 87% e 91% dois meses após a terceira dose. No quarto mês após a aplicação da injeção, as porcentagens diminuíram para 66% e 78%, respectivamente.
Mais de cinco meses depois da dose de reforço, a eficácia da vacina diminuiu para cerca de 31%. Entretanto, os cientistas observam que a estimativa é imprecisa por abordar poucos dados disponíveis para esse grupo de pessoas.
A proteção contra o coronavírus diminuiu de forma considerável após quatro meses, sugerindo a necessidade de reforços adicionais. A pesquisa do CDC analisou as vacinas de RNA mensageiro fabricadas pela Pfizer/BioNTech e Moderna.
Os pesquisadores apontam que a eficácia da vacina contra atendimentos de emergência e hospitalizações associados à Covid-19 foi maior após a terceira dose do que depois do primeiro reforço, mas diminuiu com o tempo.
A eficiência da vacina após o recebimento das doses extras foi menor enquanto a Ômicron era mais predominante do que durante o período em que a variante Delta era mais comum.
No decorrer da temporada da Delta, a eficácia da vacina contra consultas urgentes foi maior após o recebimento da terceira dose do que após a segunda. Entre os que receberam o reforço, a eficácia geral para infectados com a variante foi de 97% dentro de dois meses após a imunização e diminuiu para 89% entre aqueles vacinados há mais de quatro meses.
Dados da análise
O estudo usou dados da VISION Network para analisar 241.204 consultas de emergência e 93.408 hospitalizações em 10 estados dos Estados Unidos entre 26 de agosto de 2021 e 22 de janeiro de 2022. Todos eram adultos maiores de 18 anos com diagnóstico de Covid-19.
Entre as consultas de emergência, 185.652 (77%) e 55.552 (23%) ocorreram durante os períodos de predominância da Delta e Ômicron, respectivamente. Do grupo, 46% não foram vacinados, 44% receberam duas doses da vacina e 10%, três doses.
Entre as hospitalizações, 83.045 (89%) e 10.363 (11%) ocorreram nas temporadas da Delta e Ômicron, respectivamente. As pessoas hospitalizadas incluíam 43% não vacinadas, 45% vacinadas com duas doses e 12% com três.