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Efeitos colaterais fazem Suécia abandonar testes com cloroquina

Médicos detectaram fortes dores de cabeça e até cegueira em pacientes com coronavírus tratados com o medicamento da malária

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Fotografia colorida de cápsulas
1 de 1 Fotografia colorida de cápsulas - Foto: Istock

Após testar o uso da cloroquina em pacientes com coronavírus, médicos da Suécia decidiram desistir do protocolo clínico com o medicamento por conta dos efeitos adversos.

As pessoas que tomaram o remédio relataram dores de cabeça muito fortes, perda de visão periférica e cólicas dias depois de começarem com a cloroquina. A estatística de que 1% dos pacientes pode sofrer com arritmia também foi considerada na tomada de decisão.

“Temos relatórios de mais efeitos colaterais do que imaginamos inicialmente. Não podemos ignorá-los, principalmente os que afetam o coração, e foi administrada uma dose alta da droga. Além disso, não há evidências fortes o suficiente de que a cloroquina tenha efeito contra a Covid-19″, explica o médico Magnus Gisslen, responsável por um dos hospitais que fazia teste com pacientes, ao jornal Gothenburg Post.

No Brasil, a cloroquina está liberada para uso em pacientes críticos e graves, apenas em ambiente hospitalar, já que há uma preocupação com os efeitos colaterais. Um estudo feito pela Fiocruz indica que ainda não há evidências suficientes para garantir que a cloroquina faz diferença nos tratamentos.

Os pesquisadores brasileiros descobriram também que uma dose de 10g do medicamento pode resultar em toxicidade perigosa para os pacientes.

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