Efeito Rayssa: ortopedistas ensinam a praticar skate de forma segura
Especialistas apontam que lesões mais comuns acontecem nos tornozelos, joelhos, punhos e cotovelos e equipamento de proteção é essencial
atualizado
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A estreia do skate nos Jogos Olímpicos e as três medalhas conquistadas pelo Brasil reacenderam o esporte no país. No final de julho, o Google Trends registrou aumento de quase 100% nas buscas pela palavra “skate”, mostrando que o brasileiro realmente se empolgou com a modalidade.
Porém, para os iniciantes, é preciso tomar cuidado com as quedas. A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) recomenda que os praticantes escolham equipamentos adequados e regulamentados, que o skate passe por revisões periódicas, e reforçam a importância do uso de equipamento de proteção.
Segundo os especialistas, as áreas mais afetadas pelas quedas dos skatistas são tornozelos, joelhos, punhos e cotovelos — por isso, o uso de cotoveleiras, joelheiras, luvas e capacete são indicados. Também é importante escolher o tênis apropriado à prática do esporte para garantir estabilidade durante as manobras e menos impacto nos tornozelos.
“Mais da metade dos ferimentos, que envolvem abrasões, contusões e fraturas, acometem o cotovelo, o punho e o antebraço. Essas lesões ocorrem quando o skatista usa o membro superior para proteger a cabeça durante as quedas”, explica William Dias Balangero, presidente do Comitê de Trauma Ortopédico da SBOT.
As lesões mais comuns são entorses, que podem ser acompanhados de lesões nos ligamentos, principalmente dos joelhos e tornozelos. Já as fraturas acontecem com maior frequência nos punhos e cotovelos.
A SBOT sugere que o praticante faça um alongamento antes de começar a andar de skate, e opte por locais menos movimentados. Se for possível, o acompanhamento de um profissional nos primeiros momentos também é recomendado.