1 de 1 controle da pressão arterial
- Foto: Getty Images
Para algumas pessoas, estar diante de um médico pode ser um momento tenso. A expectativa por resultados de exames é um fator de estresse, que pode causar alterações no ritmo cardíaco e na pressão arterial dentro do consultório. Esta situação, conhecida como “efeito do avental branco”, é mais comum do que se imagina e pode levar a diagnósticos errados.
De acordo com o nefrologista Décio Mion Jr., professor da Faculdade de Medicina da USP e chefe do setor de Mapa do Hospital Sírio-Libanês e Alta Diagnósticos, tudo se resume às emoções.
“Nunca pensamos que a emoção do contato com o médico pudesse alterar a pressão do paciente. Com a chegada do médico são observadas alterações importantes no pulso e a pressão é constantemente mais alta quando aferida por ele do que por um enfermeiro”, observou o médico durante uma palestra no 77º Congresso Mundial e Brasileiro de Cardiologia.
Nesses casos, uma pessoa sem histórico de hipertensão pode acabar sendo medicada incorretamente ou um paciente em tratamento pode ter a dosagem dos medicamentos alterada simplesmente porque a aferição da pressão arterial em consultório apresentou números anormais, acima de 140/90 mmHg.
Alguns indivíduos sofrem o processo contrário, conhecido como “efeito mascaramento”. Neste caso, hipertensos se apresentam com a pressão normalizada (normotensos), sem nenhuma alteração. Um risco para os pacientes que precisam de tratamento.
12 imagens
1 de 12
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticas
Peter Dazeley/ Getty Images
2 de 12
Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles
bymuratdeniz/ Getty Images
3 de 12
Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros
KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
4 de 12
Imagem ilustrativa de pessoa com dor no peito
katleho Seisa/Getty Images
5 de 12
A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadiga
SolStock/ Getty Images
6 de 12
O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc.
KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
7 de 12
Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc.
bymuratdeniz/ Getty Images
8 de 12
A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo
manusapon kasosod/ Getty Images
9 de 12
Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada
FG Trade/ Getty Images
10 de 12
Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas
Peter Dazeley/ Getty Images
11 de 12
Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração
Peter Dazeley/ Getty Images
12 de 12
Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da mente
andresr/ Getty Images
Diagnóstico correto
A melhor estratégia para evitar erros de diagnóstico e no tratamento, segundo Mion, é monitorar a pressão dos pacientes fora do consultório. Para isso são indicados os exames de monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou a monitorização residencial da pressão arterial (MRPA).
As indicações para os exames são semelhantes e podem fazer parte dos testes para identificação de diferentes categorias de comportamento da pressão arterial, como a hipertensão do avental branco (HAB) e a hipertensão mascarada (HM)
“A pressão de consultório pode não ser precisa para firmar ou descartar o diagnóstico. O Mapa e o MRPA se complementam”, explica o médico.
O Mapa faz a medição automática da pressão arterial do paciente a cada 20 minutos durante o dia e a cada 30 minutos durante a noite. O exame, com duração de 24 horas, é feito por meio de um dispositivo colocado na cintura, conectado por um tubo de plástico fino a uma braçadeira.
Ele avalia se o paciente sofreu alguma elevação ou queda da pressão arterial durante a colocação do aparelho no consultório, em comparação ao registrado ao longo do dia.
Já no MRPA, o próprio paciente deve realizar medições da pressão arterial em casa, durante vários dias, com um aparelho de pressão automático e levar os resultados ao médico. Estudos mostram que o método contribui com a adesão ao tratamento e, consequentemente para o controle da pressão.
“Quem mede a pressão em casa se conhece mais, tem maior chance de diagnóstico correto. Todos devem ter a pressão aferida fora do consultório, ou você pode tratar quem não precisa e deixar de tratar quem realmente necessita”, afirma Mion Jr.
*A repórter Bethânia Nunes esteve no Rio de Janeiro a convite do grupo farmacêutico Novartis para acompanhar o 77º Congresso Brasileiro de Cardiologia.
Já leu todas as notas e reportagens de Saúde hoje? Clique aqui.
Compartilhar
Quais assuntos você deseja receber?
Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:
1.
Mais opções no Google Chrome
2.
Configurações
3.
Configurações do site
4.
Notificações
5.
Os sites podem pedir para enviar notificações
Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?