É seguro fazer depilação a laser em casa? Dermatologista explica
Aparelhos portáteis são práticos e têm bom custo benefício, mas instruções de uso devem ser seguidas para evitar lesões na pele
atualizado
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Para se livrar de vez dos pelos, muitas pessoas recorrem à depilação a laser em clínicas de estética. O método, que já é bastante popular, também pode ser feito em casa, com aparelhos portáteis. Mas alguns cuidados devem ser seguidos para garantir a segurança do procedimento.
Fatores como a certificação do produto, o estado da pele e a estação do ano devem ser levados em consideração quando se faz o procedimento em casa, sem o acompanhamento de um profissional, de acordo com a dermatologista Luanna Portela, integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia do DF (SBD-DF).
Os aparelhos para uso doméstico são, geralmente, de luz intensa pulsada (IPL), uma tecnologia mais leve e com menor intensidade, que provoca o enfraquecimento do folículo do pelo, ao contrário das tecnologias mais modernas – com lasers do tipo Diodo, NdYAG e Alexandrite – que destroem o folículo e garantem a depilação com mais durabilidade.
“Apesar de ser uma luz pulsada, a intensidade desses aparelhos é bem baixa. Eles são feitos com uma margem de segurança para evitar queimaduras, vermelhidão e manchas na pele”, explica a dermatologista.
Justamente por ter um laser mais fraco, é necessário fazer mais sessões para conseguir o resultado que seria alcançado em uma clínica de estética, com um aparelho de maior potência. A médica destaca que não adianta fazer vários disparos consecutivos do laser no mesmo local, uma vez que a redução do pelo acontece gradativamente, após várias sessões.
“Tem que se respeitar o intervalo recomendado nas instruções de cada aparelho e aguardar porque o pelo vai cair depois”, explica. Caso contrário, a risco de o usuário ficar com a pele manchada ou queimada.
Cuidados com a pele
A depilação a laser pode ser feita o ano todo, mas o inverno é o período mais indicado porque sofremos menor exposição solar e a pele tende a estar menos bronzeada. Isso diminui a chance de queimaduras porque, em algumas tecnologias, a luz é atraída pelo pigmento da pele.
Pelo mesmo motivo, o fototipo da pele também é um fator que deve ser levado em consideração. De acordo com a dermatologista, a pele negra corre maior risco de sofrer efeitos colaterais do que a pele mais clara quando o procedimento é feito sem o acompanhamento de um profissional.
A dermatologista lembra que no consultório é possível altera alguns parâmetros para adequar a cor do pelo, a espessura e a cor da pele da paciente.
“Existem lasers que têm maior afinidade com o pigmento e outros menos. Alguns penetram mais profundamente e outros são mais superficiais. Por isso, nós, dermatologistas, gostamos de avaliar o paciente para indicar qual tecnologia deve ser utilizada”, afirma a médica.
O procedimento não deve ser feito se a pessoa estiver em tratamento com medicamentos fotossensibilizantes, que deixem a pele sensível à luz.
Escolha do aparelho
Na hora de escolher um depilador a laser para comprar, é importante verificar se ele tem o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou do órgão do país de origem para ter a garantia de que ele é fabricado dentro de normas de segurança.
Luanna Portela esclarece que a Academia Americana de Dermatologia (AAD) ainda não definiu parâmetros para a potência da luz intensa pulsada para cada tipo de pele. No entanto, a depilação é “considerada um método relativamente seguro para ser feito em casa”.