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É possível reverter incontinência urinária? Saiba mais sobre condição

A incontinência urinária é mais frequente em mulheres acima dos 40 anos, mas pode acometer jovens com assoalho pélvico enfraquecido

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Mulher segurando virilha para fazer xixi
1 de 1 Mulher segurando virilha para fazer xixi - Foto: Reprodução/ FreePik

A incontinência urinária é um problema urológico que afeta quase metade das mulheres depois dos 40 anos. A condição é comumente causada pelo enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico e do aparelho urinário, mas os sintomas podem surgir antes mesmo do período próximo à menopausa.

O “escape” do xixi pode acontecer precocemente devido à predisposição genética, problemas no cérebro ou na coluna e até mesmo por fatores de risco, como sedentarismo, parto vaginal, obesidade, estresse, tabagismo e alimentação.

Os primeiros sintomas se manifestam com a perda de urina durante o esforço, especialmente em atividades físicas de impacto, e progridem ao tossir ou espirrar. Com o tempo, fica difícil controlar a urina, fazendo com que haja uma constante necessidade de ir ao banheiro às pressas. Entretanto, especialistas afirmam que a incontinência urinária é reversível com o tratamento devido.

O médico ginecologista Caio Couto, do Hospital Anchieta de Brasília, explica que não é normal ter incontinência urinária e que as pacientes devem buscar tratamento para não terem prejuízos em sua qualidade de vida. “É importante que a paciente saiba que pode procurar ajuda médica, que esse é um problema com solução”, afirma Caio.

A ginecologista Daniela Nogueira Barros Rocha recomenda exercícios e fisioterapia para o fortalecimento do assoalho pélvico, mas alerta que, dependendo do caso, a intervenção cirúrgica pode trazer o melhor resultado.

A médica aponta que os principais tipos de incontinência urinária são: incontinência de esforço, bexiga hiperativa e incontinência mista. Veja as características de cada uma:

Incontinência de esforço

A incontinência de esforço geralmente ocorre devido ao enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico que sustentam da bexiga. Também pode ser causada pela lesão ou enfraquecimento do esfíncter uretral.

O distúrbio é caracterizado pela perda de urina relacionada ao esforço físico, como exercícios de alta intensidade, tossir, espirrar, gargalhar ou carregar peso.

A ginecologista indica que o melhor tratamento geralmente é o cirúrgico. O procedimento consiste na correção de prolapso, também conhecido como bexiga caída ou bexiga baixa.

Outra opção é o implante de sling na uretra. O sling é uma fita inserida por meio do canal vaginal que exerce a função de barreira de contenção da urina. De acordo com o Portal da Urologia, esse procedimento proporciona melhora da incontinência urinária em 70% a 90 % das pacientes.

Bexiga hiperativa

A bexiga hiperativa ou incontinência de urgência geralmente é acompanhada de aumento de frequência das idas ao banheiro e apresenta incontinência urinária noturna. Ela é causada devido à contração involuntária da bexiga.  Para esse caso, a médica indica o tratamento por meio de remédios aliados à fisioterapia pélvica, como os exercícios de Kegel.

Vale lembrar que nem todos os pacientes que sofrem de bexiga hiperativa têm incontinência urinária, mas quando há escapes de xixi deve-se avaliar se estes são causados por essa condição.

Incontinência mista

Essa incontinência é, como diz o nome, uma junção dos dois tipos anteriores. Nesse caso, a recomendação é aliar o tratamento medicamentoso com a fisioterapia do assoalho pélvico e a cirurgia.

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