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“É o repique da pandemia”, diz Pazuello sobre alta nos casos de Covid-19

Em coletiva de imprensa, ministro da Saúde admitiu que crescimento recente dos números representa mudança na dinâmica da pandemia

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Eduardo Pazuello, ministro da saúde
1 de 1 Eduardo Pazuello, ministro da saúde - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (26/11), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o Brasil vive um “repique” de casos de Covid-19. “Podemos observar os dados. No sul e sudeste, o repique é mais claro. No norte e nordeste, menos impactante, mas com algumas cidades fora da curva. O centro-oeste está no meio do caminho”, disse.

Nas últimas semanas, a pasta vinha alegando não ter dados suficientes para confirmar uma nova alta de casos e óbitos por Covid-19: o ataque hacker, que causou uma instabilidade no sistema, seria responsável pela falta de certeza do ministério quanto aos números.

Segundo Pazuello, uma pandemia tem quatro ondas. A primeira seria a de contaminação e mortes, como vem acontecendo até o momento. “Uma onda pode ter um repique, dois, pode ser uma grande onda”, explica. A segunda diria respeito às doenças que foram impactadas pelas cirurgias eletivas canceladas ou pelo medo dos pacientes de procurar o serviço de saúde durante a pandemia.

A terceira onda seria dentro das famílias, e “tem a ver com o aumento da violência doméstica, feminicídio e estupro por conta do isolamento e da crise econômica. Está aí na nossa porta”, afirma Pazuello. Já a última onda é a de saúde mental, com casos de automutilação e suicídios.

“Essas ondas fazem parte do processo da pandemia. Não confundam com outro surto, que é o que está acontecendo na Europa. O troço é grave. Vai em uma linha que precisamos estar atentos“, diz o ministro.

Vacinação

Pazuello afirma que o programa de imunização da vacina de Covid-19 está sendo feito com tranquilidade. “Estamos adiantados”, garante o ministro. Ele explica que os grupos prioritários já estão definidos, mas é preciso mais dados logísticos sobre as vacinas que serão utilizadas — se precisa de refrigeração extra, uma ou duas doses, etc. “Precisamos estar um pouco mais próximos da chegada para fechar a logística”, afirma.

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