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E.coli: entenda bactéria que infectou triatleta ao nadar no rio Sena

Após disputar provas do triatlo no dia 31/7, atleta suiço foi hospitalizado com infecção da bactéria E. coli. Quadro gera infecções graves

atualizado

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Reprdoção/worldtriathlon
Adrien Briffod atleta suiço triatlo e. coli
1 de 1 Adrien Briffod atleta suiço triatlo e. coli - Foto: Reprdoção/worldtriathlon

As condições da água do rio Sena continuam sendo notícia no mundo inteiro por conta das Olimpíadas. O rio era considerado inapto para atividades esportivas e recreativas desde a década de 1920, e passou por uma série de iniciativas para despoluição para ser palco das provas olímpicas, mas muitas precisaram ser adiadas pela baixa qualidade da água.

O triatleta suíço Adrien Briffod, por exemplo, contraiu uma infecção intestinal pela bactéria Escherichia coli (E. coli) após disputar uma prova no rio Sena em 31/7. O atleta iria participar do triatlo misto na segunda-feira (5/8), mas não conseguiu participar por causa da infecção.

Vários comitês olímpicos estão questionando a qualidade da água como uma ameaça à saúde dos atletas. O Comitê Olímpico Belga, por exemplo, divulgou uma nota em que anuncia a retirada de sua equipe da disputa. “Esperamos que sejam aprendidas lições para futuras competições de triatlo. É preciso que os dias de treino possam ser garantidos em circunstâncias que não causem incertezas entre atletas, a comitiva e os torcedores”, afirma o texto.

A atleta belga Claire Michel também foi afastada da competição após ter uma infecção intestinal. Em um primeiro momento, ela foi diagnosticada com infecção por E. coli, mas Claire afirmou nesta terça-feira (6/8) que estava com uma virose que pode ter aparecido mesmo antes dos jogos.

Atleta pode ter pego E. coli no rio Sena

Logo após a prova, Adrien Brifford teve cólicas abdominais intensas e diarreia sanguinolenta. Os médicos ainda estão investigando onde ele foi infectado pela bactéria, mas os sintomas normalmente aparecem no mesmo dia do contato com o patógeno, entre 5 e 7 h após a ingestão dele. Os sinais dependem da quantidade de bactérias, mas alcançam seu pico após 30 horas.

A infecção por E. coli causa dor abdominal, diarreia, vômito, dores ao urinar, presença de sangue nas fezes ou na urina e febre constante.

A E. Coli faz parte da microbiota intestinal humana, sendo dispensada nas fezes. Entretanto, quando há contato com partículas em alimentos ou em água contaminada, ocorre um desequilíbrio no organismo que pode causar infecções digestivas graves.

Foto mostra cientista com colônia de bactérias e. coli nas mãos
Bactéria E. coli pode causar diarreia intensa e dor abdominal

Quais as consequências da E. Coli?

A E. coli é uma das três maiores bactérias causadoras de doenças intestinais (ao lado da Salmonella e dos Staphylococcus). Ela também pode causar infecções urinárias graves quando o paciente sofre desidratação.

A bactéria geralmente responde bem ao tratamento feito com antibióticos, caso a infecção tenha chegado ao sistema urinário. No caso do intestino, em geral o corpo consegue reestabelecer sozinho o equilíbrio da flora intestinal depois de alguns dias de repouso e ingestão de líquidos.

A E. coli também pode causar graves casos de infecção renal. No geral, porém, ela só ameaça a vida quando o paciente está internado em ambiente hospitalar, onde circulam variantes mais resistentes aos antibióticos comuns.

Ainda assim, mesmo infecções mais leves de E. coli são muito prejudiciais à qualidade de vida dos pacientes, especialmente no caso de atletas em competição pelo tão sonhado ouro olímpico.

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