Durante quarentena, consumo de bebidas aumentou entre 18% dos brasileiros
Estudo da Fundação Oswaldo Cruz entrevistou 44 mil pessoas sobre hábitos de saúde no período de isolamento social
atualizado
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Um estudo realizado pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) revelou que 18% dos brasileiros relataram ter aumentado o consumo de bebida alcoólica durante o isolamento social.
Responderam à pesquisa online 44 mil pessoas: em relação à ingestão de álcool, o maior aumento registrado foi na faixa etária dos 30 aos 39 anos, com um incremento de 25,6% no consumo. O estudo também abordou a ocasião para beber e verificou que 24,4% dos entrevistados relataram beber sempre que se sentem tristes ou deprimidos durante a pandemia.
O tabagismo também foi estudado na pesquisa. Entre os participantes, apenas 12% são fumantes, e mais da metade (53,4%) afirmou que o consumo de cigarros se manteve igual durante o isolamento social. Por outro lado, 34,4% do grupo fumou mais do que o habitual.
A frequência das atividades físicas não é um ponto forte entre os brasileiros em isolamento, e 61,6% revelaram se exercitar menos de uma vez por semana, enquanto 17,2% deles fazem atividades um ou dois dias na semana, 13,6% se exercitam de 3 a 4 dias por semana e 7,5% fazem atividades físicas por 5 ou mais dias. Essa redução tem relação com o isolamento: 30,4% relataram que faziam ao menos 150 minutos de exercícios físicos por semana antes do isolamento e apenas 12,6% deles mantiveram o ritmo.