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Dormir mal entre os 40 e 60 anos pode estar envelhecendo o seu cérebro

Pesquisa americana mostra que pessoas que dizem dormir mal têm cérebros quase três anos mais velhos que a idade biológica

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Idoso de 60 e poucos anos com barba grisalha está doente e sem dormir respira fundo na cama após ter tido um pesadelo
1 de 1 Idoso de 60 e poucos anos com barba grisalha está doente e sem dormir respira fundo na cama após ter tido um pesadelo - Foto: Getty Images

Dormir bem é essencial para a saúde. É durante o descanso que o corpo se organiza para garantir que o organismo esteja funcionando corretamente no dia seguinte e tenhamos energia para lidar com a rotina. Porém, a insônia pode causar mais do que problemas cardíacos e fadiga: ela pode estar envelhecendo o seu cérebro.

De acordo com uma pesquisa feita por cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, entre indivíduos de 40 e 60 anos que disseram dormir mal, a idade cerebral pode ser quase três anos maior do que a biológica. O estudo foi publicado na edição de novembro da revista científica Neurology.

Foram analisados 589 indivíduos que começaram a pesquisa com, em média, 40 anos: eles preencheram um questionário sobre o sono no começo do levantamento, e o repetiram cinco anos depois. No aniversário de dez anos do estudo, os participantes passaram por exames cerebrais.

Os pesquisadores compararam os resultados dos testes com as respostas dos questionários e perceberam uma diferença considerável no cérebro dos voluntários que disseram ter problemas para dormir. Eles tinham, em média, órgãos cerca de 2,6 anos mais velhos do que pessoas da mesma idade, sexo, e condições de saúde mas que diziam dormir bem.

“Nossas descobertas destacam a importância de abordar os problemas do sono mais cedo na vida para preservar a saúde do cérebro, incluindo manter um horário de sono consistente, praticar exercícios, evitar cafeína e álcool antes de ir para a cama e usar técnicas de relaxamento”, explica a co-autora do estudo, Kristine Yaffe, em comunicado à imprensa.

Os cientistas apontam que uma das limitações do estudo é que ele se baseia nas respostas dos participantes ao questionário — sem saber se as pessoas realmente dormem mal ou se apenas têm essa percepção, não é possível garantir que os problemas de sono causem o envelhecimento acelerado do cérebro.

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