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Dormir entre 22h e 23h pode diminuir risco de doenças cardíacas

Estudo a partir de dados de 88 mil britânicos sugere a possibilidade de uma relação entre o horário de se deitar e os problemas no coração

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Mulher dorme sono profundo - Metrópoles
1 de 1 Mulher dorme sono profundo - Metrópoles - Foto: Luis Alvarez/Getty Images

Todos já sabemos que as noites de sono fazem grande diferença para a saúde do corpo. A novidade agora é a possibilidade de um horário mais favorável para iniciar o descanso noturno. De acordo com cientistas da Universidade de Exeter, no Reino Unido, esse horário seria entre 22h e 23h.

Os pesquisadores usaram dados de aproximadamente 88 mil participantes reunidos no banco de dados UK Biobank e perceberam uma correlação entre o horário de sono e a saúde cardíaca. Na plataforma, há informações detalhadas sobre saúde que incluem idade, hábitos alimentares e estilo de vida dos usuários.

A saúde dos participantes foi acompanhada por cinco anos em média. De acordo com os cientistas, 3.172 participantes desenvolveram alguma doença cardiovascular no período. Esta ocorrência foi mais alta em pessoas que dormiam normalmente após à meia-noite e mais baixa naqueles que foram dormir das 22h às 22h59.

Em comparação com aqueles que foram para a cama entre 22h e 22h59, as pessoas que dormiam antes das 22h tiveram um risco 24% maior de doença cardiovascular. Aqueles cuja hora de dormir era entre 23h e 23h59 tiveram um 12% mais chances de terem problemas no coração. Já os participantes que pegavam no sono após à meia-noite tiveram um risco 25% maior.

Os resultados sugerem que dormir antes deste intervalo de tempo ou depois dele aumentam as chances de que se atrapalhe o relógio biológico, gerando consequências adversas para a saúde.

David Plans, coautor do estudo e membro da Universidade de Exeter, afirmou que dormir depois da meia-noite é o comportamento mais arriscado porque diminui a probabilidade de se acordar a tempo de ver a luz da manhã. “Embora as descobertas não mostrem causalidade, o tempo de sono surgiu como um potencial fator de risco cardíaco – independente de outros fatores de risco e características do sono”, afirmou o especialista.

Como o estudo é observacional, a relação de causa e efeito não está imediatamente provada. No entanto, abre caminhos para que o tema seja aprofundado.

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