Dor nas costas não é besteira. Quanto mais cedo for tratada, melhor
Oito em cada 10 brasileiros sofrem com problemas na coluna. Automedicação pode atrasar o tratamento de disfunções crônicas
atualizado
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De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), oito em cada 10 pessoas sofrem com dores nas costas. Segundo o neurocirurgião Alexandre Elias, especialista em doenças da coluna, grande parte dos quadros de dor estão associados a processos inflamatórios e degenerativos, que ocorrem como consequência de maus hábitos de postura, traumas e excesso de peso – tanto corporal como de sobrecargas em geral.
O médico alerta para os riscos da automedicação em relação às dores de coluna. “É comum que a dor nas costas seja tratada com automedicação paliativa, o que pode tornar as disfunções crônicas”, argumenta Elias. O profissional ensina que é preciso prestar atenção aos quadros de dor, à frequência na qual eles ocorrem e ao contexto envolvido.
O tratamento tende a ser mais efetivo quanto mais cedo a disfunção for identificada. O médico esclarece que, além de tomar medicamentos, o paciente deve realizar terapias de reabilitação postural, a prática de atividades físicas para o fortalecimento da coluna e consumir alimentação adequada.
Há casos, no entanto, em que a dor é incapacitante e é preciso se considerar a realização de procedimentos operatórios. Os quadros mais frequentes são de hérnia de disco em pacientes jovens e estenose de canal lombar em pacientes acima dos 50 anos. A maior parte das indicações de cirurgias para doenças da coluna se baseia em técnicas minimamente invasivas.