Donos de cachorro têm menos chances de ter doenças cardíacas
Pesquisadores descobriram que proprietários de pets realizam mais atividades físicas, alimentam-se melhor e pesam menos
atualizado
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Pesquisadores da St. Anne’s University Hospital e da Universidade da Catânia, na Sicília, descobriram que acompanhar a energia de um pet – principalmente, se ele for um cachorro – é excelente para a saúde do coração. Os resultados foram publicados na revista Mayo Clinic Proceedings: Innovations, Quality & Outcomes.
O estudo levou em consideração dados de mais de 2 mil indivíduos da cidade de Bruno, na República Tcheca, de janeiro de 2013 a dezembro de 2014. As pessoas tinham entre 24 e 65 anos e não apresentavam nenhum histórico de doenças cardíacas. O trabalho ainda está em andamento, e os voluntários terão sua saúde medida a cada cinco anos, até 2030.
A condição dos participantes recebeu pontuações com base nos comportamentos e fatores de saúde ideais do Life’s Simple 7, criado pela American Heart Association: índice de massa corporal (IMC), dieta, atividade física, tabagismo, pressão arterial, glicemia e colesterol total.
Além de entrevistas sobre status socioeconômico, hábitos alimentares, exercício e tabagismo, os voluntários tiveram seus níveis de pressão, colesterol e glicose aferidos.
Primeiro, a análise comparou as pontuações de saúde cardiovascular de donos de animais e de pessoas sem bichos. Em seguida, foram analisados os dos donos de cães em relação aos donos de outros animais e, por último, verificou-se a pontuação dos donos de cachorros com a das pessoas sem animais. Quem tinha um pet teve pontuação média de 10, enquanto aqueles que não criavam animais tiveram pontuação 9. Os proprietários de cães tiveram uma pontuação 0,3 maior do que os donos de outros animais de estimação.
Em geral, pessoas que possuíam qualquer animal de estimação tinham maior probabilidade de relatar mais atividade física, dieta melhor e a taxa de açúcar no sangue mais controlada. Cerca de 61,8% das “mamães” e “papais” de pets estavam em uma faixa “ideal” de nível de exercício, contra 47,7% dos que não criavam bichos.
Com relação à alimentação, os donos de animais também saíram ganhando. Cerca de 16,4% dos que não eram donos de animais de estimação têm uma dieta “ruim”, em comparação com 9,4% dos donos de animais. Quem tem um amigo peludo apresentou ainda melhores níveis de HDL, o colesterol “bom”, e uma menor prevalência de diabetes.
Por fim, os donos de cães apresentaram menor peso e IMC, fatores importantíssimos para manter a saúde cardiovascular.