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Doenças respiratórias de inverno: saiba como escapar das mais comuns

Dias mais frios e secos podem contribuir para sintomas respiratórios; vacina contra gripe e pneumonia são recomendadas como prevenção

atualizado

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Com a queda das temperaturas e  a proximidade do inverno, há uma tendência para a alta de doenças respiratórias, como resfriados comuns e gripes, que, se não forem tratados adequadamente, podem resultar em pneumonia. Antes da pandemia do coronavírus, a pneumonia era a terceira doença que mais matava brasileiros, atrás apenas do infarto agudo do miocárdio e do AVC, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Os principais sintomas da enfermidade são tosse, dor torácica que provoca dificuldade da respiração, mal-estar e febre. Estes também podem fazer parte de um quadro sintomático de infecção por Covid-19, e podem ser os sinais iniciais de outras enfermidades como meningite. “É importante que seja feito o diagnóstico precoce e a diferenciação de tratamento”, afirma Ana Rosa dos Santos, infectologista e gerente médica do Sabin Imunização.

Ela reforça que ao menor sintoma respiratório, o paciente deve procurar um médico. “Hoje, com a pandemia do coronavírus, o diagnóstico precoce de doenças respiratórias é ainda mais importante. Não existe apenas o coronavírus circulando. Outras doenças graves como a pneumonia podem surgir, principalmente com o tempo frio”, explica.

A especialista recomenda que, com a chegada do frio e da seca, sejam redobrados os cuidados com a saúde. Ela observa que as medidas usadas para prevenir a circulação do vírus Sars-Cov-2, como uso de máscaras e distanciamento, são eficientes para conter a propagação de outros agentes patógenos, como o vírus da gripe. Além dos cuidados, a vacinação também é uma estratégia importante.  “A imunização ainda é a melhor forma de prevenir doenças respiratórias”, explica.

Vacina contra pneumonia
Embora não seja tão popular contra a vacina da gripe, cuja campanha nacional segue até o dia 9 de julho, a vacina contra pneumonia pode ser administrada à partir dos 2 meses de idade, e é uma proteção contra formas graves da infecção pneumocócica.

A pneumonia pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou pela inalação de produtos tóxicos que inflamam de forma grave os pulmões.

Por conta da imunossenescência, isto é, do natural decaimento do sistema imunológico provocado pelo envelhecimento, os maiores de 60 anos devem fazer um reforço do imunizante. “Recomenda-se o esquema de duas doses, primeiro uma dose da pneumocócica 13 e no período posterior de 6 a 12 meses complementar com a vacina pneumocócica 23”, explica Ana.

Na rede pública de saúde, uma versão da vacina pneumocócica – a 10 – é disponibilizada para pacientes até 18 anos. A pneumocócica 23, por sua vez, é garantida apenas para grupos específicos, como portadores do vírus HIV, doença pulmonar ou cardiovascular crônica grave, insuficiência renal crônica, síndrome nefrótica, diabetes mellitus insulinodependente, cirrose hepática e pacientes com imunodeficiências. Os imunizantes, entretanto, podem ser adquiridos na rede particular.

Assim como ocorre com a vacina contra a gripe, para aqueles que foram imunizados contra a Covid-19, é necessário um intervalo de 14 dias para receber tanto a vacina contra pneumonia quanto a vacina contra a gripe. Essas duas últimas podem ser tomadas no mesmo dia, sem necessidade de intervalo.

Além de pessoas saudáveis, estas vacinas estão recomendadas às pessoas imunossuprimidas, com certas comorbidades de saúde, como doença pulmonar crônica e cardiopatias.

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