Pessoas com doença renal podem comer peixes? Nutricionista esclarece
Nutricionista explica quais alimentos podem ser consumidos e os que devem ser evitados para afastar complicações da doença renal
atualizado
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Pessoas que têm doença renal crônica (DRC) devem ter atenção constante com a alimentação. Devido ao comprometido dos rins, o órgão não consegue processar bem alguns nutrientes que são parte da alimentação comum.
O sódio, o fósforo e o potássio em excesso podem ser vilões para os pacientes acometidos por DRC, pois são substâncias que os rins, por terem diminuído a função, não conseguem filtrar de maneira adequada.
O que é a doença renal crônica?
A doença renal crônica surge a partir de múltiplas causas, desde a dificuldade de controlar condições como pressão alta e diabetes até o hábito de fumar. Ela provoca alterações na função renal e, embora evolua de forma assintomática na maior parte do tempo, pode aparecer associada a outras doenças e resultar em quadros que exigirão hemodiálise ou, até mesmo, transplantes.
Cuidado com os peixes
As pessoas com DRC precisam estar atentas ao colocar no prato alguns peixes e frutos do mar que são ricos em sódio, fósforo e potássio.
“Frutos do mar, particularmente moluscos, como a lula e o polvo, e crustáceos, como o caranguejo e a lagosta, são ricos em potássio e fósforo, dois minerais preocupantes para pacientes com DRC”, explica a nutricionista Thays Mortaia, coordenadora de Nutrição da DaVita.
Thays também destaca que peixes como atum, sardinha e bacalhau devem ser excluídos do cardápio. “O atum, especialmente o fresco, é rico em potássio, a sardinha é rica em proteínas, fósforo e potássio e o bacalhau é rico em sódio devido ao processo de salga.”
A orientação é que as pessoas com o problema de saúde cortem do cardápio todos esses peixes específicos.
Outros alimentos que sobrecarregam os rins
Outros alimentos também podem intoxicar as pessoas com doença renal crônica. Frutas como banana, uva e abacate; legumes como espinafre, brócolis e tomate; nozes e amêndoas e produtos lácteos contém muito potássio.
Alimentos processados, produtos lácteos, cereais integrais, feijões, lentilhas, cacau, nozes e amêndoas possuem muito fósforo.
As consequências da alimentação desregrada para os pacientes com DRC:
- Excesso de fósforo. O acúmulo de fósforo no sangue leva à calcificação em tecidos e vasos sanguíneos, complicações cardiovasculares e coceira;
- Excesso de potássio. Os depósitos elevados de potássio no sangue são muito perigosos, e podem desencadear arritmias e até parada cardíaca;
- Excesso de sódio. Pode ocasionar hipertensão e sobrecarregar os rins.
Como melhorar a alimentação?
A nutricionista destaca há alternativas para deixar as refeição com peixes mais equilibrada. “O prato pode ter acompanhamentos como arroz branco, cuscuz e vegetais com baixo teor de potássio. Também é importante optar por molhos e temperos caseiros, com ervas frescas, limão, alho, cebola, alecrim, tomilho, cebolinha e azeite”, conclui Thays.
Caso você seja um paciente com doença renal crônica deve procurar um profissional de saúde para a elaboração de um cardápio adequado às suas necessidades.
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