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Doença mão-pé-boca: médicos alertam para aumento após pandemia

Surtos recentes da infecção viral já levaram ao fechamento de escolas em SP e SC. No DF, casos também estão aumentando nos consultórios

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Criança com doença doença mão-pé-boca (HFMD)
1 de 1 Criança com doença doença mão-pé-boca (HFMD) - Foto: Getty Images

Com as escolas retomando as aulas e as crianças e adolescentes voltando a se reunir estão crescendo os casos da doença mão-pé-boca, uma infecção viral que provoca febre, dor de garganta e o aparecimento de aftas dolorosas na boca, mão e pés e, por vezes, nas partes íntimas.

Na cidade de Ourinhos, em São Paulo, surtos da doença levaram ao fechamento temporário de nove unidades de ensino durante esta semana. Chapecó, em Santa Catarina, passou por situação semelhante no fim de setembro. Em Natal, no Rio Grande do Norte, houve crescimento de casos em agosto.

A pediatra Nathália Sarkis, integrante da Sociedade Brasileira de Pediatria, confirma que os casos também estão crescendo em Brasília. De acordo com ela, a alta se deve ao aumento de convivência entre os estudantes. “É um vírus altamente contagioso. Os pais devem estar atentos, evitando levar os filhos para a escola se há suspeita”, explica.

A infectologista Ana Helena Germoglio explica que o vírus coxsackie, que causa a doença, é sazonal e, por isso, os casos da infecção estão aumentando após o período de isolamento provocado pela pandemia.

“As crianças que não se infectaram no ano passado por estarem em aulas on-line estão se infectando esse ano. O vírus está encontrando mais espaço para circular entre elas”, aponta a especialista.

A infecção é mais comum em crianças com menos de 5 anos, mas também pode aparecer em adolescentes e adultos.

Sintomas

Os principais sintomas da síndrome mão-pé-boca são febre acima dos 38°C, dor de garganta, salivação excessiva, vômitos, diarreia, falta de apetite e dor de cabeça.

Além disso, após cerca de 2 a 3 dias, é comum o surgimento de manchas ou bolhas vermelhas nas mãos e nos pés, assim como aftas na boca. O diagnóstico é feito pelo quadro clínico.

Transmissão

A transmissão da síndrome mão-pé-boca normalmente ocorre através da tosse, espirros, saliva e do contato direto com bolhas que tenham estourado ou fezes infectadas, principalmente durante os primeiros sete dias da doença.

No entanto, mesmo após a recuperação, o vírus ainda pode ser transmitido através das fezes durante cerca de 4 semanas.

Para evitar pegar a doença ou transmiti-la, é importante:

Além disso, o vírus pode ser transmitido através de objetos ou alimentos contaminados. Por isso, é importante lavar os alimentos antes do consumo.

Tratamento

O tratamento da síndrome mão-pé-boca deve ser orientado pelo pediatra ou clínico geral e pode ser feio com remédios para a febre, como o paracetamol, anti-inflamatórios, como o ibuprofeno, remédios para a coceira, como anti-histamínicos, gel para as aftas, ou lidocaína, por exemplo.

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