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Do ralo à esponja: veja ranking de bactérias na pia da cozinha

Pesquisadoras apontam alto risco de contaminação cruzada por conta de higienização inadequada dos utensílios domésticos

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1 de 1 pia-da-cozinha - Foto: Unsplash/Divulgação

Um estudo feito pelo departamento de Biomedicina do Centro Universitário UniMetrocamp Wyden, em Campinas (SP), mostrou que a pia da cozinha pode ser lar de, literalmente, milhões de bactérias e fungos. A falta de higienização correta de esponjas, rodos, panos de prato e lixinhos de pia pode causar diversos problemas de saúde, como intoxicação alimentar, dor de garganta, infecção urinária, diarreia, febre, vômitos e dores abdominais.

O estudo teve três meses de duração e investigou nove cozinhas de casas escolhidas aleatoriamente. As pesquisadoras coletaram amostras de oito itens que costumam estar presentes em pias. Veja o ranking da contaminação:

Lixeira – 1,744 milhão de bactérias e 1.180 fungos
Esponja de lavar louça – 1,322 milhão de bactérias e 440 fungos
Ralo – 1,302 milhão de bactérias e 801 mil fungos
Pano de pia – 1,200 milhão de bactérias e 4 mil fungos
Pano de prato – 975 mil bactérias
Rodo de pia – 242,7 mil bactérias e 15.750 fungos
Tábua de carne – 16,4 mil bactérias e 8.170 fungos

Alguns dos micro-organismos identificados pela pesquisa foram E.Coli, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter aerogenes, Candida e Rhodotorula.

Em entrevistas, Rosana Siqueira, orientadora da pesquisa e doutora em ciências de alimentos, disse que grande parte das contaminações se dá pela falta de higienização correta das mãos. Ao consumir alimentos crus que não vão passar pelo processo de cozimento, as bactérias podem ser ingeridas também. A situação é mais preocupante para pessoas com imunidade baixa, crianças e idosos.

Dicas
No ranking da contaminação, a lixeira de pia foi o item mais preocupante. As pesquisadoras analisaram as partes externa, interna e a tampa. Um dos principais erros, segundo elas, é passar semanas, ou até meses, sem limpar o lixinho com água sanitária ou álcool. A umidade do objeto favorece o crescimento de micro-organismos nocivos à saúde. Ou seja, não basta só trocar o saquinho.

O ideal é eliminar o objeto e investir apenas na lixeira de chão. Se possível, com pedal, para evitar o contato com as mãos.

É importante, também, atentar para o prazo de descarte de cada objeto. O ralo, por exemplo, precisa ser lavado com água quente e substituído sempre que estiver desgastado. A tábua deve ser trocada assim que se perceber a presença de ranhuras ou manchas, já que esses locais podem acumular bactérias.

O paninho da pia também deve ser descartado sempre após o uso. Por estar sempre úmido, é um local propenso ao desenvolvimento de bactérias. O pano de prato merece atenção: jamais use o mesmo para secar a louça e enxugar as mãos. O ideal é trocá-lo assim que estiver úmido.

Outra dica é guardar rodo e esponja sempre secos e limpos. A louça não deve ficar muito tempo acumulada na pia, especialmente em dias de calor, uma vez que a alta temperatura aumenta a proliferação de fungos e bactérias.

O lixo deve ser retirado todos os dias da lixeira, principalmente à noite, para evitar ficar muito tempo armazenado. Sempre que possível, lave a lixeira e a tampa (com água quente ou água sanitária) e deixe secar antes de colocar o saquinho.

As esponjas devem ser fervidas ou colocadas por um minuto em um pote de vidro com água no micro-ondas. Tábua de carne, pia e ralos devem ser lavados com água quente. Lembre-se também de revezar os produtos de limpeza: o uso excessivo do mesmo produto pode gerar maior resistência dos micro-organismos, que ficam imunes com o tempo. (Com informações do portal G1)

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