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DIU Kyleena: saiba como funciona, quais são as vantagens e indicações

Mulheres que querem prevenir a gravidez com dosagens hormonais mais baixas têm optado pelo novo método contraceptivo

atualizado

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Gui Primola/Arte Metrópoles
DIU
1 de 1 DIU - Foto: Gui Primola/Arte Metrópoles

O dispositivo intrauterino (DIU) é um dos métodos contraceptivos mais usados pelas mulheres. Atualmente, há no mercado duas modalidades: os hormonais e os não hormonais. Entre os que se utilizam de hormônio, há o Mirena e o Kyleena, que chegou há poucos meses no Brasil e vem despertando a curiosidade feminina.

Assim como o DIU Mirena, o Kyleena pode ser utilizado por até 5 anos e também libera o hormônio progesterona no útero. No entanto, em concentrações mais baixas, o que se tornou um atrativo para as mulheres que buscam métodos contraceptivos com menor interferência hormonal.

“As pessoas têm demonizado muito o hormônio e quando elas escutam ‘pouco’ ou ‘quase nenhum hormônio’, a maioria quer”, relata Paula Giani Fonseca, ginecologista e obstetra no Instituto Madrecenter. A médica afirma que o Kyleena é hoje a opção com menos hormônio.

Outro diferencial é que ele é 25% menor do que o Mirena, o que torna a inserção menos desconfortável. A ginecologista esclarece algumas dúvidas sobre o DIU Kyleena:

É um método seguro?

Sim. A baixa concentração hormonal do Kyleena não interfere na prevenção da gravidez. O DIU hormonal altera a viscosidade do muco do canal cervical, no endométrio e nas tubas uterinas, tornando o local desfavorável para os espermatozoides, impedindo assim a fertilização dos óvulos.

O DIU Kyleena altera o fluxo menstrual?

Sim. Ele pode reduzir o fluxo menstrual e a mulher passar a sangrar por menos dias e com menor intensidade, mas a ginecologista lembra que “o DIU hormonal não é uma promessa de ausência de menstruação, é uma possibilidade. Quanto menor a taxa hormonal, menor é a chance da paciente parar de menstruar”, explica.

Ele aumenta a cólica?

Não. Paula explica que, diferentemente do DIU não hormonal, que pode aumentar o fluxo menstrual e as cólicas, o Kyleena tem efeito aposto. É esperado que as pacientes tenham menos cólicas.

Como é o processo de adaptação?

A mulher pode ter sangramento de escape e fluxo irregular nos primeiros meses após colocar o DIU.

É incômodo na relação sexual?

Não. O que pode acontecer é o parceiro sentir a ponta do fio do DIU, localizado no colo do útero para facilitar a remoção dele no futuro, e não o dispositivo. “Quando isso acontece e, caso seja o desejo da mulher, é possível a cortar fio ou escondê-lo no colo do útero”, afirma a ginecologista.

Qual é o melhor momento para colocá-lo?

O DIU pode ser inserido em qualquer momento do ciclo menstrual. O período de ovulação é um dos mais indicados porque é quando o canal está mais aberto e torna o procedimento menos desconfortável. “Muita gente tem indicação para usar o DIU, mas não coloca porque tem medo. Não é algo tão desconfortável”, garante.

Quais são os efeitos colaterais?

Os DIUs de progesterona podem causar alguns efeitos colaterais nos primeiros meses, como dores de cabeça e nas mamas, alteração da libido, surgimento de acne, sangramento de escape e retenção de líquido. É comum que a maior parte destes efeitos seja amenizada ou melhore completamente depois de quatro a seis meses após a colocação.

No caso da acne, a ginecologista esclarece que o aumento pode ser mais perceptível entre as mulheres que trocaram a pílula anticoncepcional –com o combinado de estrogênio e progesterona –pelo DIU, que contém apenas progesterona.

“Elas vêm de um método que tem controle de pele muito bom e passam para um que não tem e tendem a culpar o DIU, mas, na verdade, essa mudança está relacionada à suspensão da pílula. Na grande maioria das vezes, a pele se adapta”, esclarece.

Quando não é indicado colocar?

Quando a paciente tiver uma contraindicação ao hormônio progesterona, com histórico de doença hepática ou histórico de câncer que responde à progesterona, por exemplo.

O DIU de qualquer modalidade também é contraindicado para mulheres com infecção no períneo, alteração na anatomia do útero ou colo do útero, ou em investigação de câncer do colo do útero.

Afinal, qual é o melhor modelo?

Esta questão é pessoal. Antes de decidir pelo modelo, as mulheres precisam entender suas reais expectativas e necessidades. “Não necessariamente a mulher precisa de hormônio para prevenir uma gravidez, mas ela pode precisar controlar um padrão de sangramento”, pondera a ginecologista.

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