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Brasil testa cirurgia que recupera ereções em homens com lesão medular

Três homens com lesão na medula no Brasil recuperaram ereções com neuromoduladores e ainda tiveram melhoras no sistema urinário

atualizado

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Foto mostra homem abraçado com mulher em uma cama com uma cadeira de rodas em primeiro plano - Metrópoles -
1 de 1 Foto mostra homem abraçado com mulher em uma cama com uma cadeira de rodas em primeiro plano - Metrópoles - - Foto: Getty Images

Muitos homens com lesão na medula acabam se tornando cadeirantes e perdendo a capacidade de terem ereções naturalmente pela perda de sensibilidade abaixo da linha da cintura. Este tipo de disfunção erétil não pode ser tratada por comprimidos comuns e a ciência busca alternativas de tratamentos.

Normalmente, o paciente precisa usar um implante que leva a ereções não naturais (mantendo o pênis artificialmente enrijecido com uso de suportes internos ou injeções). Porém, um novo neuromodulador em testes pode permitir que esses homens tratem a disfunção erétil de forma mais simples.

A técnica é feita com a implantação de um neuroestimulador artificial por baixo da pele, na parte inferior do abdômen. Os fios do dispositivo ficam conectados a uma região próxima à próstata e ao osso púbico, e ele é acionado através de controles sem fios.

O CaverSTIM lança pequenos impulsos elétricos que estimulam o fluxo sanguíneo ao pênis e os estímulos são ajustáveis para se adaptar ao organismo de cada paciente. O Brasil é o primeiro país a realizar testes com essa tecnologia em pacientes com a lesão medular. A primeira cirurgia ocorreu em outubro de 2023.

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Caixa do sistema é colocada na parte inferior do abdômen
Estimuladores do aparelho são instalados ao lado da próstata, perto do osso púbico
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Aparelho é desenvolvido pela Comphya, uma startup de tecnologia médica, e pode ser acionado por controles

Divulgação/Comphya
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Caixa do sistema é colocada na parte inferior do abdômen

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Estimuladores do aparelho são instalados ao lado da próstata, perto do osso púbico

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Resultados além das ereções

Desde então, três pacientes fizeram o procedimento e tiveram melhora na função sexual. Eles reportaram que o dispositivo, ao estimular os músculos da região, também melhorou as funções intestinais e urinárias. Mesmo com o neuromodulador desligado, os homens sentiram maior sensibilidade no pênis após o procedimento.

“Os pacientes seguem em acompanhamento, mas os resultados primários são muito bons. É surpreendente a melhora também em funções urológicas e evacuatórias dos homens que participaram do testes”, destaca o urologista Sidney Garcia, um dos coordenadores do estudo que está ocorrendo no Hospital Mário Covas, em Santo André (SP).

A expectativa é que 17 voluntários sejam selecionados para passar por uma nova rodada de testes clínicos do CaverSTIM até a metade deste ano.

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