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Disautonomia: conheça condição rara associada à Covid longa

Cantora mexicana diz que, um ano após ser infectada pelo coronavírus, foi diagnosticada com a doença

atualizado

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Alexandru Acea/Unsplash
coração em fundo preto
1 de 1 coração em fundo preto - Foto: Alexandru Acea/Unsplash

Em uma entrevista à rede mexicana Televisa, a cantora Yuri afirmou ter sido diagnosticada com disautonomia um ano após a Covid-19. Segundo ela, as sequelas apareceram há algumas semanas, e dois neurologistas detectaram a condição rara.

A disautonomia, ou disfunção autonômica, é o termo médico usado para descrever uma condição que prejudica várias funções do corpo, pois provoca alterações no sistema nervoso autônomo, composto pelo cérebro e nervos, e é responsável por movimentos involuntários do corpo, como batimentos cardíacos, controle da respiração, controle da temperatura e pressão arterial.

Na disautonomia, o sistema nervoso autônomo dá respostas contrárias ao que se espera. Por exemplo, a resposta esperada diante de uma ameaça ou ataque é o aumento da pulsação, da pressão arterial e da força — na disautonomia, a resposta é inadequada e ocorrem diminuição na frequência cardíaca, queda da pressão arterial e diminuição da força, fadiga e sonolência.

Os sintomas nem sempre são visíveis, no entanto, podem surgir sinais como tonturas, desmaios, falta de ar, fadiga excessiva, incapacidade de se manter em pé, problemas de visão, vertigens e até perda de memória. Como esses sintomas são comuns a outras situações, é comum que seja feito um diagnóstico errado.

Esta alteração não possui causas específicas, mas pode ser desencadeada por doenças como diabetes, fibromialgia, amiloidose, porfiria, traumas e lesões do sistema nervoso central. Agora, suspeita-se que a Covid-19 possa fazer parte da lista.

Os cientistas ainda não sabem como a Covid-19 está relacionada à doença, mas a teoria principal é que a presença de pequenas quantidades de vírus que ficam escondidos no organismo mesmo após a infecção sejam responsáveis por desencadear a disautonomia.

Outra possível explicação seria a inflamação causada pelo coronavírus, que danificaria o endotélio vascular, uma camada que separa o sangue dos tecidos do corpo — alguns estudos sugerem que o corpo poderia estar atacando as estruturas vasculares por conta da Covid-19, causando o desenvolvimento da condição.

O diagnóstico da disautonomia é feito através de exame clínico realizado por um neurologista ou cardiologista e por meio de testes genéticos. Não há cura para a condição, mas podem ser realizadas terapias e medicamentos para aliviar os sintomas.

Como é feito o tratamento

A disautonomia é uma doença grave e não tem cura, por isso o tratamento é baseado em medidas de suporte para o alívio dos sintomas.

Sessões de fisioterapia para fortalecer a movimentação do corpo, atividades com fonoaudiologia, caso a pessoa apresente dificuldades para engolir e terapia com psicólogo, são recomendadas para ajudar o paciente a lidar com esta condição.

Em alguns casos, como a disautonomia provoca perda de equilíbrio e queda da pressão arterial, o médico pode recomendar que a pessoa beba mais de 2 litros de água por dia, faça uma dieta com alto teor de sal e use medicamentos. *(Com informações do portal Tua Saúde)

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