Dieta volumétrica: como é o regime que permite emagrecer comendo mais
Cardápio baseado na qualidade dos alimentos pode ser boa alternativa para o emagrecimento se for bem planejado, afirma nutricionista
atualizado
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Dietas em que nada é proibido costumam chamar a atenção do público e conquistar adeptos rapidamente. Uma delas é a dieta volumétrica, que promete emagrecimento mesmo comendo mais.
O regime é um plano alimentar criado pela nutricionista laboratorial americana Barbara Rolls nos anos 2000 e vem sendo constantemente reformulado desde então.
A dieta pensa os alimentos a partir de sua densidade nutricional, comparando alimentos com base em suas calorias e nos nutrientes que ajudam a favorecer a sensação de saciedade, especialmente gorduras boas, fibras, proteínas e água.
“A volumétrica tem sua base em um conceito muito tradicional da nutrição que é estimular alimentos saudáveis e com poucas calorias, gorduras e açúcares para consumir um maior volume de alimentos sem ganhar peso”, indica a nutricionista Carmem Franco.
Veja 5 fatos sobre a dieta volumétrica
É sustentável a longo prazo
A dieta volumétrica foi projetada para ser sustentável a longo prazo, já que é mais uma mudança de pensamento sobre a alimentação do que um cardápio, focando em alimentos por suas funções nutricionais e benefícios ao organismo.
Nenhum alimento está proibido
Na dieta volumétrica, os alimentos são divididos em categorias para facilitar a comparação dos valores nutricionais. Embora os guias aconselhem as pessoas a focar a alimentação nas duas primeiras categorias (frutas da estação, proteínas magras, vegetais verdes escuros e derivados de leite desnatado), é possível comer alimentos processados de vez em quando sem sair da dieta.
É acessível a todos
Pessoas com rígidas restrições alimentares, como os veganos e os celíacos, podem seguir a dieta volumétrica, já que o cardápio é montado de acordo com as preferências e limitações dos usuários, ainda que devem respeitar suas limitações e consultar um nutricionista para aconselhamentos mais específicos. Além disso, ela também preconiza alimentos que são de preparo simples e baixo custo, como sopas, o que a torna economicamente viável para a maioria das pessoas.
Foi avaliada pela ciência
Além dos quatro livros que a criadora da dieta escreveu sobre o método alimentar, algumas pesquisas científicas avaliaram o plano e, apesar de resultados díspares, nenhum condenou o regime como ineficiente ou arriscado para a saúde.
Estimula os exercícios
Além do ajuste no cardápio, a dieta volumétrica recomenda fazer de 30 a 60 minutos de exercícios por dia, o que acelera o emagrecimento e estimula a manutenção do peso corporal a longo prazo.
É diferente de outras dietas do “tudo liberado”
Ao contrário de outras dietas que deixam escolhas alimentares livres para o usuário, como a dieta dos pontos, a dieta volumétrica pensa na qualidade nutricional dos alimentos. “A quantidade de comida recomendada não está relacionada só às calorias, mas aos bons hábitos alimentares e ao consumo adequado de nutrientes”, destaca Carmem.
Limitações da dieta volumétrica
Como todos os tipos de dietas, porém, a dieta volumétrica é contraindicada quando o paciente tiver condições de saúde preexistentes que podem ser agravadas pela restrição calórica.
“A dieta volumétrica funciona e facilita o controle de peso, mas é preciso ter cuidado com planos alimentares muito gerais. É preciso consultar o nutricionista para fazer uma avaliação individualizada e as necessárias adaptações do cardápio para cada usuário”, indica Carmem.
Outra limitação é que quem segue a dieta volumétrica à risca pode acabar sendo induzido a escolher sempre uma mesma classe de alimentos, o que pode levar a um comportamento muito restritivo.
Especialistas também apontam que focar excessivamente no valor nutricional dos alimentos pode levar a pessoa a ignorar valores culturais da alimentação, o que torna o processo de alimentação mais penoso.
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