1 de 1 Foto colorida de mulher branca tentando cortar, com garfo e faca, uma ervilha dentro de um prato - Metrópoles
- Foto: Deagreez/Getty Images
A fim de perder peso rápido, algumas pessoas acabam recorrendo a regimes super restritivos, como a very low calorie diet (dieta de baixíssimas calorias, em português). O plano alimentar consiste em um consumo diário de apenas 600 calorias, considerado excessivamente baixo.
A nutricionista Laura de Souza Silva, de Brasília, explica que, embora a dieta de 600 calorias leve a uma queda rápida do peso na balança, isso não significa que o praticante está perdendo gordura.
“Essa queda está mais relacionada à perda de água que ocorre pela redução da ingestão de macronutrientes como os carboidratos”, esclarece.
De acordo com a endocrinologista Lorena Lima Amato, de São Paulo, dietas radicais como esta precisam ter acompanhamento de um médico, pois podem oferecer riscos à saúde.
“Pode haver distúrbio hidroeletrolítico e desidratação. Pacientes com comorbidades como diabetes e hipertensão podem ter hipotensão, queda na pressão e hipoglicemia. Inclusive, o emagrecimento rápido pode levar à pedra na vesícula’, afirma a médica.
“Esse cálculo é individual, mas uma dieta com menos de mil calorias já é bem restrita no geral”, afirma Laura. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que um adulto saudável consuma entre 2 mil e 2,4 mil calorias por dia.
Efeitos colaterais
As pessoas que seguem a estratégia alimentar podem sentir tonturas, falta de energia e de vigor para o dia, dores de cabeça, fraqueza, perda de força e queda do desempenho nas atividades físicas.
Contraindicação da dieta de 600 calorias
A prática de dietas super restritivas em calorias não deve se estender por muito tempo. “Não é interessante que sejam usadas a longo prazo, ainda mais se estivermos falando de pessoas saudáveis, com peso adequado e ativas”, considera Laura.
A dieta de 600 calorias não é indicada para gestantes, lactantes ou indivíduos que fazem uso de medicação controlada.
Veja as melhores dietas para perda de peso:
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Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências
Ola Mishchenko/Unsplash
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Dieta Vegana A dieta vegana retira qualquer alimento de origem animal do cardápio: nada de manteiga, ovos ou whey protein. Aqui, a alimentação é composta basicamente por frutas, vegetais, folhagens, grãos, sementes, nozes e legumes. Para quem quer perder peso, a dica é aproveitar que a dieta já é considerada mais saudável por evitar gorduras animais e ter menos calorias, e controlar as quantidades de cada refeição
Anna Pelzer/Unsplash
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Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética
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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
Dose Juice/Unsplash
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Dieta Jenny Craig A dieta é, na verdade, um programa de receitas e algumas refeições prontas, que enfatiza a alimentação saudável e mudança de comportamento. Há acompanhamento de consultores durante todo o processo para garantir que o paciente esteja motivado e informado sobre quantidades e as melhores escolhas. Há um cardápio exclusivo para pessoas com diabetes tipo 2 e um serviço extra de análise de marcadores no DNA para personalizar o tratamento
iStock
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Dieta Ornish Criada em 1977 por um professor de medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o cardápio tem poucas gorduras, carboidratos refinados e proteínas animais. Os alimentos são categorizados em cinco grupos entre o mais saudável e o menos saudável, e é permitido consumir até 59ml de álcool por dia. O programa incentiva também a prática de meditação e ioga, além de exercícios de flexibilidade, resistência e atividades aeróbicas
Amoon Ra/Unsplash
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Dieta The Engine 2 Criada para prevenir doenças cardíacas, diabetes, Alzheimer e câncer, é baseada em um cardápio low carb e "forte em plantas". Segundo Rip Esselstyn, é basicamente uma dieta vegana com um "twist": aqui não entram óleos vegetais e o objetivo primário não é perder peso, apesar de um aumento na massa muscular ser comum entre os adeptos
iStock
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Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio
Rui Silvestre/Unsplash
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Dieta Crua Não é novidade, já que foi criada nos anos 1800, mas a dieta inclui, como o nome diz, alimentos que não foram cozidos, processados, irradiados, geneticamente modificados ou expostos a pesticidas ou herbicidas: até 80% do consumo diário deve ser baseado em plantas e nunca ser aquecido acima de 46 graus Celsius.
Marine Dumay/Unsplash
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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso
iStock
Como perder peso de forma saudável?
A endocrinologista Lorena Lima Amato lembra que nenhuma dieta se sustenta sem mudanças de hábitos. Entre eles, a médica cita a prática de uma hora de atividade física ao menos três vezes na semana; o consumo de alimentos mais saudáveis como frutas, legumes, verduras e carnes com baixo teor calórico; não beber ou diminuir a ingestão de álcool; e não fumar.
“Não existe mágica. Esses hábitos são pilares muito importantes para perder peso com saúde”, afirma.
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