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Dieta proteica funciona por causar mudanças nas bactérias intestinais

Pesquisa americana afirma que a dieta proteica ajuda a reduzir gordura e a evitar problemas gastrointestinais pelo impacto na microbiota

atualizado

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Ilustração de uma bacteria intestinal - Metrópoles
1 de 1 Ilustração de uma bacteria intestinal - Metrópoles - Foto: Getty Images

Um novo estudo feito por cientistas americanos descobriu que a estimulação proteica em jejum intermitente reduz mais gordura e melhora mais problemas intestinais do que dietas de restrição calórica.

No artigo publicado na revista Nature em 28 de maio, os pesquisadores explicam que as descobertas serão úteis para entender como o microbioma intestinal se adapta às mudanças desencadeadas pelo que comemos.

“Para manter o ecossistema estável, o microbioma intestinal deve regular a sua taxa de crescimento e diversidade em resposta à disponibilidade de nutrientes e à densidade populacional”, afirma o cientista Alex Mohr, que investiga o microbioma na Universidade Estatal do Arizona, no artigo.

Dieta com restrição calórica ou cardápio rico em proteínas

O estudo contou com a participação de 41 voluntários com sobrepeso ou obesidade. Eles seguiram uma de duas dietas diferentes durante dois meses: uma com restrição calórica baseada nas recomendações alimentares dos EUA, ou outra que combinava jejum intermitente com aumento da ingestão de proteínas.

A dieta de aumento de proteínas incluía cerca de 250 a 300 calorias a mais nos dias sem jejum. No entanto, quando o participante ficava mais horas sem comer, a conta final tinha uma quantidade maior de proteína por grama de alimento.

Após oito semanas, amostras de fezes mostraram que os voluntários que seguiram a dieta rica em proteínas apresentaram uma microbiota mais diversificada em comparação com o grupo que fez restrição calórica.

Dieta proteica

Os efeitos variaram de pessoa para pessoa, mas de forma geral, o grupo da dieta proteica relatou ter tido menos problemas gastrointestinais. Os participantes também eliminaram mais gordura visceral, que é mais relevante para aumentar os riscos de doenças metabólicas, como diabetes e condições cardíacas.

Além disso, os voluntários tiveram uma série de mudanças biológicas associadas à perda de peso. Alguns exemplos foram mais bactérias intestinais que normalmente são encontradas em corpos mais magros, como a Christensenellaceae, e mais proteínas e fragmentos de proteínas ligados a diferentes aspectos da perda de peso.

“Este trabalho fornece informações sobre o microbioma intestinal e o perfil metabolômico dos participantes que seguem uma dieta proteica ou com restrição calórica. Ele também destaca diferenças importantes na montagem microbiana associada à perda de peso e à capacidade de resposta da composição corporal”, escrevem os pesquisadores.

O aumento da diversidade de microrganismos intestinais observado no grupo da dieta proteica está associado a outros benefícios para a saúde além da perda de peso, incluindo uma melhor saúde digestiva e um sistema imunológico mais resistente.

“Essas descobertas esclarecem os efeitos diferenciais das dietas como uma intervenção dietética promissora para o controle da obesidade e para a saúde microbiótica e metabólica”, afirma a equipe.

O estudo envolveu um número relativamente pequeno de participantes e, por isso, são necessários ensaios com grupos maiores para validar os resultados.

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