Dieta mediterrânea faz bem para o cérebro, indica novo estudo
Pesquisa da Universidade de Barcelona mostra que adeptos da dieta mediterrânea tiveram menor risco de sofrer declínio cognitivo
atualizado
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Pessoas que seguem a dieta mediterrânea têm menos chances de sofrer com declínio cognitivo e demência. A conclusão está em um estudo publicado em outubro na revista Molecular Nutrition & Food Research.
Os pesquisadores acompanharam por 12 anos o histórico de saúde e os hábitos alimentares de 840 voluntários franceses com mais de 65 anos. O declínio cognitivo consiste na perda da velocidade de processamento de informações. O declínio cognitivo é característico do envelhecimento, mas também pode indicar doenças neurodegenerativas.
Inspirada nos alimentos tradicionalmente consumidos no sul da Itália e da Espanha, a dieta mediterrânea dá prioridade ao consumo de frutas e vegetais, cereais integrais, peixes, queijos e azeite.
“Descobrimos que quanto maior a adesão do indivíduo à dieta mediterrânea tradicional, menor a chance dele sofrer declínio cognitivo no longo prazo”, afirmou a nutricionista Alba Tor-Roca, da Universidade de Barcelona, uma das autoras do trabalho ao site da universidade.
Como foi feito o estudo?
Uma escala de 14 pontos foi usada para avaliar o nível de adesão dos voluntários à dieta mediterrânea. A pontuação se baseou na proporção de vegetais, legumes, frutas, cereais, lacticínios, peixe e gorduras incluídas na alimentação.
Ao longo de 12 anos, cinco testes neuropsicológicos foram feitos nos participantes para avaliar a capacidade cognitiva deles. O trabalho permitiu comprovar uma correlação entre a ingestão de alimentos da dieta mediterrânea e uma menor tendência à demência, ainda que não tenha sido possível determinar por que isso ocorreu.
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