1 de 1 Mesa com balança, medidor para diabetes e frutas - Metrópoles
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A genética tem um peso importante no desenvolvimento de certas doenças. Mas o estilo de vida pode contribuir para a prevenção delas, como mostra uma pesquisa publicada no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, em 18 de junho.
A pesquisa feita na Universidade da Finlândia Oriental mostra evidências de que mesmo as pessoas com alto risco genético para desenvolver diabetes tipo 2 podem evitar a doença com uma dieta equilibrada aliada à prática regular de exercícios físicos.
“Essas descobertas encorajam todos a fazer mudanças no estilo de vida que promovam a saúde. Além disso, elas demonstram a eficácia da orientação de estilo de vida em grupo e na internet, o que economiza recursos de saúde”, afirmou a nutricionista clínica Maria Lankinen, autora do estudo, em comunicado à imprensa.
Menor risco para desenvolvimento de diabetes tipo 2
Um experimento de três anos foi realizado na Finlândia com 589 homens com idades entre 50 e 75 anos, para entender o papel que os genes e o ambiente podem desempenhar no diagnóstico da diabetes tipo 2.
Todos os voluntários participaram de sessões em grupo no início do estudo para aprenderem sobre a importância de seguir uma dieta saudável e praticar atividades físicas. Eles receberam um guia nutricional e de exercícios que deveriam seguir pelos próximos três anos, além de uma consulta individualizada com nutricionistas.
Aproximadamente metade dos voluntários tinha alto risco genético para diabetes tipo 2, os demais tinham baixo risco genético. Além deles, um grupo de 345 homens foi incluído no estudo, mas sem passar pela intervenção proposta, apenas para comparação de dados.
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A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada
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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
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Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
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A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
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Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
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A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros
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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento
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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença
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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco
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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções
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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)
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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle
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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão
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Resultados
Ao final dos três anos de experimento, os homens com alto risco genético para diabetes que fizeram mudanças no estilo de vida tiveram 6% menos probabilidade de desenvolver a doença em comparação com aqueles do grupo controle com o mesmo grau de predisposição.
Já entre as pessoas com baixo risco para desenvolver diabetes, as diferenças após as intervenções foram insignificantes. Ainda assim, os que mudaram o estilo de vida mostraram resultados positivos em relação à perda de peso e saúde metabólica.
Os pesquisadores lembram que à medida que envelhecemos, o controle do açúcar no sangue tende a piorar, mas eles observaram que o efeito é significativamente menor para todas as pessoas que levam um estilo de vida saudável.
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