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Dieta da junk food: saiba o estrago que ela provoca no seu corpo

Cheias de gorduras, sódio e açúcar, as junk foods agradam, mas podem causar problemas imediatos no organismo e doenças a longo prazo

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1 de 1 junk food - Foto: Anna_leni/istock

Pizza, hambúrguer, refrigerante, coxinha, batata frita, cachorro-quente, biscoito recheado, frituras. Toda junk food é uma delícia, mas você já parou para pensar o que essa overdose de gorduras, sódio e açúcar provoca no seu corpo?

O endocrinologista Delmir Rodrigues, do Hospital Anchieta, conta que, a curto prazo, ingerir uma quantidade excessiva de comidas gordurosas sobrecarrega o organismo e compromete a digestão. “A gordura faz parte do nosso metabolismo, precisa ser consumida. Mas, se há grandes quantidades de uma vez só, o intestino demora para esvaziar o estômago, o que o predispõe ao refluxo e à azia. Acaba acontecendo uma lentidão no processo de absorção”, explica o médico.

A vesícula biliar – que produz a bile, uma espécie de “detergente” do organismo – também não está preparada para digerir todo o excesso de gordura consumido depois de uma comilança. Parte do excesso terá, então, de ser eliminada nas fezes, o que não é um processo saudável. Até que o corpo consiga se livrar das substâncias que lhe fazem mal, haverá dificuldade ou facilidade para evacuar, dor e distensão abdominal, desconforto e irritação. Outros sintomas são alteração no sono e cansaço exagerado.

“Quando a pessoa come muita besteira, a tendência é não beber água. Ou acompanhar a refeição com um milk-shake ou refrigerante. O corpo acaba retendo líquidos, o que provoca o inchaço”, conta o endocrinologista Delmir Rodrigues.

A baixa ingestão de água e o excesso de sódio – as junk food costumam conter muito sal – aumentam ainda mais os problemas. “A água tem função de hidratar, ajudar no trânsito das substâncias pelo intestino e contribuir para a absorção de nutrientes saudáveis. Sem ela, a digestão não funciona direito”, afirma o médico.

Perigos
A nutricionista funcional e oncológica da Aliança Instituto de Oncologia Michelle Mendes explica que há três tipos de gordura em alimentos: saturada, monoinsaturada e poli-insaturada. “A primeira é a que devemos ter mais cuidado. Está presente em alimentos de origem animal, embutidos e na maioria dos industrializados. Ela é responsável por aumentar o colesterol ruim e, consequentemente, a chance de doenças cardiovasculares”, diz.

As outras duas são consideradas gorduras boas, que aumentam o colesterol bom e estão presentes em alimentos como abacate, azeite, castanhas e alguns tipos de peixe.

A longo prazo, um dos principais problemas causados pelo consumo excessivo e frequente de comidas gordurosas é a obesidade: a maioria desses alimentos é cheia de calorias vazias, que só trazem excesso de energia e não são utilizadas pelo corpo. “A gordura é uma molécula pequena, fácil de guardar”, explica o endocrinologista.

Doenças 
Além de obesidade, o excesso de gordura é responsável por um processo inflamatório que acaba provocando algumas doenças, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, problemas cardíacos e até câncer. “Consumir esses alimentos não é extremamente proibido, mas ter uma alimentação balanceada associada à prática de atividades físicas traz benefícios para a saúde. Quem segue uma rotina saudável na maior parte do tempo pode se dar ao luxo de comer uma besteirinha de vez em quando”, afirma a nutricionista Michelle.

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