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Diagnóstico é base para combater o câncer pediátrico, diz especialista

Em Congresso promovido pelo HCB, especialistas destacam que descobrir a doença em momento oportuno pode aumentar taxa de sobrevivência

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Neviçolino Pereira de Carvalho-Pres.da Soc.Bras.de Oncologia Pediátrica - Metróples
1 de 1 Neviçolino Pereira de Carvalho-Pres.da Soc.Bras.de Oncologia Pediátrica - Metróples - Foto: Divulgação

Diagnosticar o câncer em crianças de forma precisa é crucial para a recuperação do paciente. Esse é o alerta dos participantes do Congresso Internacional da Criança com Condições Complexas de Saúde, que aconteceu em Brasília e terminou nesta sexta (28/4). O evento é organizado pelo Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) em parceria com o Hospital Sant Joan de Déu, de Barcelona.

“O diagnóstico preciso permite escolher um tratamento que possa ser mais eficiente ao paciente”, afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), Neviçolino Pereira de Carvalho, durante a mesa realizada nesta sexta.

Carvalho destacou que a demora em diagnosticar o câncer pediátrico reduz as chances de cura ou sobrevivência. Atualmente, segundo ele, um entre cinco pacientes com menos de 18 anos que enfrentam câncer morre antes mesmo de iniciar o tratamento.

“Precisamos superar todos os obstáculos relacionados ao diagnóstico precoce. Dessa forma, as crianças receberão terapias específicas para a sua situação, o que pode garantir uma melhor chance de cura. Queremos que, no futuro, elas se tornem adultos produtivos, com as menores sequelas possíveis”, destacou.

De acordo com Carvalho, atualmente, pelo menos quatro a cada dez crianças e adolescentes não são tratados em hospitais reconhecidamente habilitados pelo Ministério da Saúde para receber pacientes oncológicos.

“Muitas crianças acima de 12 anos não são atendidas por pediatras nos serviços básicos de saúde, que poderiam reconhecer melhor o problema. Isso precisa mudar. Temos de equalizar as oportunidades para que qualquer criança e adolescente que tenha câncer possa ter chance de cura”, defende o médico.

Cooperação também é chave

Os especialistas pontuaram que o combate ao câncer pediátrico requer colaboração entre os profissionais de saúde. O oncologista pediátrico Guillermo Chantada, do Hospital Sant Joan de Déu, disse que a troca de visões permite aos médicos enriquecer as informações sobre as doenças, em especial as condições raras.

“Precisamos alargar o alcance das iniciativas à população de adolescentes e jovens para garantir equidade no acesso aos melhores recursos disponíveis para o diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer pediátrico”, afirmou Chantada.

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