Dia Nacional de Combate à Hipertensão: saiba mais sobre a doença
Quadros de pressão alta estão presentes em 80% dos casos de AVC e em 60% das ocorrências de infarto
atualizado
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A hipertensão arterial afeta cerca de 30% dos brasileiros e mata mais de 10 milhões de pessoas por ano no mundo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia. A doença também está relacionada como um dos fatores de risco para o desenvolvimento de quadros graves de Covid-19.
Nesta segunda-feira (26/4), é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, uma data simbólica criada para lembrar os brasileiros sobre à saúde do coração e do sistema circulatório, conscientizando sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento correto.
Caracterizada como uma doença crônica não transmissível (DCNT), a comorbidade está relacionada a 80% dos casos de acidente vascular cerebral (AVC) e 60% dos casos de infarto agudo do miocárdio (IAM). A pressão arterial é considerada alta quando está acima de 14/9 (140/90 mmHg).
O diagnóstico e o tratamento da hipertensão – mantendo-a em nível adequado com o auxílio de medicamentos – reduzem a mortalidade por causas cardiovasculares.
Os índices de controle da hipertensão arterial ainda são insatisfatórios no Brasil, de acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, documento atualizado em novembro de 2020 por mais de 90 especialistas das Sociedades Brasileiras de Cardiologia, Hipertensão e Nefrologia. As dificuldades seriam justamente o acesso ao diagnóstico e a adesão ao tratamento.
Fatores de risco
O tabagismo, o sedentarismo, o estresse, o envelhecimento e o histórico familiar são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão, bem como o consumo exagerado de sal. O sobrepeso e a obesidade podem acelerar em até 10 anos o aparecimento do problema.
A doença costuma surgir de forma silenciosa e evoluir para alterações estruturais ou funcionais em órgãos-alvo como o coração, o cérebro, os rins e os vasos.
Em uma crise hipertensiva costumam surgir sintomas como alteração do movimento e/ou da sensibilidade em uma parte do corpo, dificuldade de fala ou compreensão, dor de cabeça intensa e súbita, tontura ou alteração no equilíbrio, alteração da visão e/ou dificuldade para enxergar, náusea ou vômito, dificuldade para engolir e/ou perda da consciência com desmaio.
Em situações assim, os pacientes devem procurar ajuda médica imediatamente pois, quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores são as possibilidades de controle do quadro.