Dia da Mamografia: exame de imagem preventivo ajuda a salvar vidas
A data 5 de fevereiro foi instituída como o Dia Nacional da Mamografia, para lembrar às mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce
atualizado
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Desde 2013 se comemora, em 5 de fevereiro, o Dia Nacional da Mamografia. Instituído pelo governo federal para incentivar a população feminina a fazer o exame de forma preventiva, o objetivo é aumentar os diagnósticos precoces da doença. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que 59.700 casos desse tipo de neoplasia sejam diagnosticados em 2019 – ele é o mais frequente em mulheres das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
De acordo com um estudo sueco publicado na revista Cancer, mulheres que faziam mamografias periodicamente tiveram a mortalidade reduzida em 60% nos 10 anos após o diagnóstico, comparado com àquelas que não fizeram o exame com regularidade.
Segundo a mastologista Maira Caleffi, presidente voluntária da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), a mamografia é capaz de detectar tumores de menos de um centímetro, que não são sentidos pelo exame de toque tradicional, e microcalcificações que ainda não se tornaram nódulos. É imprescindível descobrir o câncer o mais cedo possível para um tratamento de sucesso.
“O tratamento é muito simplificado quando é inicial, sendo possível até preservar a mama em alguns casos. Quanto maior o tumor, maior o custo pessoal do paciente, mais difícil é o processo e deve-se usar uma quimioterapia mais agressiva”, explica a médica. “A mamografia é essencial para um diagnóstico precoce e tem um impacto muito positivo em salvar vidas”, completa.
Apesar de o Ministério da Saúde indicar a mamografia preventiva a cada dois anos para mulheres acima dos 50 anos, Maira lembra que sociedades médicas nacionais e internacionais já sugerem o exame regular para aquelas acima dos 40. Pessoas com histórico de câncer na família ou que estejam em um grupo de risco, como fumantes, também devem fazer o exame antes. O argumento de que mamas jovens são muito densas para serem analisadas já foi superado pela tecnologia.