Dezembro Laranja: veja cinco maneiras de prevenir o câncer de pele
Além de cuidados com a exposição ao sol e uso de protetores, é importante ter acompanhamento médico e realizar exames
atualizado
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Estação do ano em que o contato com o ar livre aumenta por conta das férias escolares e profissionais, o verão também costuma ser um período de atenção com doenças provocadas pelo sol forte. Por isso, em 2014 a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) criou a campanha Dezembro Laranja, que tem como objetivo conscientizar a população sobre como prevenir o câncer de pele.
Por ser um país tropical onde o calor e o sol predominam na maior parte do ano, o câncer de pele é o tipo de tumor mais frequente no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), ele corresponde a cerca de 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil.
Entre os tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais grave, devido à sua alta possibilidade de sofrer metástase, ou seja, de se disseminar para outros órgãos. Em 2020, no Brasil, foram registrados 8,4 mil novos casos de melanoma e aproximadamente 2 mil mortes relacionadas à doença.
O melanoma tem origem nos melanócitos, células produtoras de melanina (substância que determina a cor da pele), e pode aparecer em qualquer parte do corpo na forma de manchas, pintas ou sinais. A exposição elevada a raios ultravioleta é a principal causa da neoplasia, já que pode levar à mutação no DNA dos melanócitos.
Veja 5 maneiras de se prevenir do câncer de pele
1. Proteção contra radiações solares
Para se prevenir do câncer de pele e de lesões provocadas pelos raios UV, é recomendável evitar a exposição excessiva ao sol sem proteção sempre que possível, sobretudo nos horários mais intensos, entre as 10h e 16h.
Se precisar se expor ao sol, utilize chapéu, guarda-sol, óculos escuros, camisa de mangas longas, calças e, principalmente, filtro solar durante qualquer atividade ao ar livre. O produto deve ser reaplicado a cada duas horas.
2. Acompanhamento médico e investigação com exames
Anualmente, é necessário se consultar com um dermatologista. A partir de um exame completo, é possível identificar eventuais riscos de desenvolver o câncer, sobretudo em pacientes com sinais ou sintomas da doença, histórico familiar e pertencentes aos grupos de risco.
A realização de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos e consultas médicas possibilitam a detecção precoce, o que aumenta as chances de cura.
3. Uso de roupas e equipamentos
O cuidado com a exposição ao sol não pode ser apenas na praia ou clube. Ao sair de casa em dias ensolarados, use roupas que ofereçam proteção, boné ou chapéu de abas largas, óculos escuros com proteção UV, além de sombrinha ou guarda-chuva.
4. Método ABCDE
O método ABCDE é uma espécie de autoexame que ajuda a avaliar o risco de uma mancha ou sinal se tratar de um tumor de pele. Como os sinais da doença são visíveis, é possível ficar alerta a qualquer alteração. As letras apontam sinais sugestivos do câncer de pele:
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A – Assimetria – quando uma metade do sinal ou pinta é diferente da outra;
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B – Bordas irregulares – quando o contorno é mal definido;
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Cor variável – quando existem várias cores em uma mesma lesão, mancha ou pinta, como preta, castanha, branca, avermelhada ou azul;
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Diâmetro – quando é maior que 6 milímetros.
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Evolução – quando é possível notar mudanças em suas características, como tamanho, forma ou cor.
5. Testes genéticos
Já existe um teste genético que identifica predisposição ao melanoma de origem hereditária e ajuda a prevenir o surgimento de milhares de casos desse tipo de câncer.
Caso tenha chance de desenvolver a condição, o paciente deve aumentar a frequência de consultas com o médico, evitar ainda mais a exposição ao sol, além de informar a família, já que se trata de uma mutação genética que pode estar presente em outros familiares.